
"N�o temos um plano imediato, j� que hoje trabalhamos com um spread banc�rio (diferen�a entre a taxa captada e aquela emprestada ao mercado) inferior a 12% ao ano, enquanto os bancos chegam a 28%", afirma o diretor-superintendente do Sicoob Central Crediminas, Elson Rocha.
Sem contar que os custos reduzidos s�o oferecidos de forma universalizada para todos os associados, o que n�o acontece com as taxas m�nimas de juros praticadas pelos maiores bancos do pa�s. "Os juros mais atrativos est�o frequentemente associadas a um grupo seleto de clientes, diante de uma s�rie de condi��es", acrescenta Elson ao lembrar do est�mulo � transfer�ncia de conta sal�rio entre uma ag�ncia e outra como forma de ter acesso ao cr�dito mais barato.
Somado a isso, S�lvio Giusti, gerente da Ramo Cr�dito, organiza��o que congrega as cooperativas, acredita que a postura dos bancos trar� desdobramentos inevit�veis para o sistema. “� preciso fazer uma compensa��o da receita que ser� perdida com a queda dos juros. Isso vir� ou via tarifa��o ou no aumento da oferta de cr�dito pelo banco”, pondera o especialista.
A estrat�gia do setor diante do cen�rio � aguardar. "O Sicoob nacional est� esperando para dar uma orienta��o adequada �s cooperativas. O fato reconhecido � de que vamos continuar atrativas e operando no mercado financeiro com taxas mais promissoras", garante o presidente da Ocemg Ronado Scucato. As d�vidas quanto a queda concreta dos juros na ponta do consumo definir� os pr�ximos passos do setor. "N�o adianta falar que o financiamento de ve�culo parte de 0,9% ao m�s se h� uma s�rie de condi��es que ainda n�o est�o claras", pondera.
Lucros
Outro diferencial competitivo do neg�cio est� na distribui��o dos lucros no fim do ano entre cada um dos associados, decorrente da utiliza��o dos produtos e servi�os e do crescimento das cooperativas. Em nota, a cooperativa Sicredi informou que “as taxas m�dias praticadas em grande parte dos produtos do cr�dito comercial, j� se encontram abaixo da m�dia praticada pelo mercado” e, portanto, n�o prev� mudan�as no curto prazo.
Mesmo com juros mais competitivos, as cooperativas ainda representam apenas 2% do mercado financeiro nacional. Para expandir o mercado, a estrat�gia n�o est� nos juros, mas sim na amplia��o dos pontos de atendimento. "Os diferenciais n�o necessariamente devem ser as taxas de juros. Esse ano chegaremos aos cinco mil pontos de atendimento no Brasil atua��o em 45% dos munic�pios brasileiros", afirma Giusti. Al�m disso, muitas empresas, especializadas em setores como cr�dito rural, come�am a migrar para a livre admiss�o, que permite que qualquer pessoa possa se associar ao sistema.