O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse, neste domingo, que dados oficiais mostrando que o Reino Unido tornou a cair em recess�o s�o desapontadores, mas o governo iria dar continuidade ao seu programa de austeridade e redobrar esfor�os para assegurar que as pol�ticas econ�micas sejam eficazes.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu 0,2% no primeiro trimestre do ano, depois de retra��o de 0,3% nos �ltimos tr�s meses de 2011, levantando quest�es sobre o plano do governo para reduzir gastos e cortar centenas de milhares de empregos no setor p�blico para reduzir seu endividamento. � a primeira vez que a economia tem retra��o por dois trimestres consecutivos, a defini��o padr�o de recess�o, desde o in�cio de 2009.
"Os n�meros nesta semana foram extremamente desapontadores, mas eu digo a voc� o que n�s n�o devemos fazer que � jogar fora nossos planos para lidar com a d�vida, com o d�ficit, assegurando que os gastos no setor p�blico sejam reduzidos adequadamente em certas �reas, pois se fizermos isso perder�amos as taxas de juros baixas que temos", afirmou Cameron, em entrevista � rede de televis�o BBC.
Os dados econ�micos adicionaram mais press�o sobre a coaliza��o de governo antes das elei��es locais em 3 de maio, depois que ele sofreu cr�ticas pelas pol�ticas no or�amento anual, anunciado no m�s passado, e pela atua��o durante a amea�a de greve na �rea de combust�veis.
A pesquisa YouGov para o jornal Sunday Times atribui 29% ao Partido Conservador de Cameron, o menor n�vel desde 2004 e muito atr�s do Partido Trabalhador (40%). A pesquisa com 1.717 adultos em 26 e 27 de abril, tamb�m mostra o Partido Liberal Democrata, o menor partido da coaliz�o, com 11%, pouco � frente do Partido Independente (10%).
"Tem sido um m�s dif�cil", disse Cameron. "A raz�o pela qual nossa economia tem dificuldade para se recuperar � que h� muita d�vida em nossos bancos, nossas fam�lias, nosso governo e n�s precisamos lidar com isso, o que leva tempo".
Ao ser questionado sobre o que seu governo estava fazendo para conseguir que a economia se mova, Cameron disse: "Voc� redobra todos os esfor�os para garantir seja no financiamento banc�rio, seja na ind�stria, seja na pol�tica regional, seja no entretenimento, seja onde for que estejam nossos programas de trabalho... todas estas coisas sejam eficientes".
Cameron avalia que a economia passa por um processo dif�cil de reequil�brio. O setor privado estava crescendo, mas n�o t�o rapidamente quanto gostar�amos, citou.
"Eu acredito que precisamos olhar todas estas �reas - como fazemos nossos bancos emprestarem, como garantimos que o recurso v� para infraestrutura, como facilitamos para que as empresas empreguem as pessoas, como estimulamos nossas exporta��es, como garantimos que o reequil�brio de nossa economia ocorra - todas estas coisas est�o na mesa", afirmou.
Ao ser indagado sobre a raz�o pela qual o Reino Unido n�o estava crescendo, enquanto os Estados Unidos est�o, Cameron afirmou que os EUA estavam planejando um programa de austeridade ainda mais r�gido que o brit�nico e que tamb�m n�o t�m a zona do euro em sua porta. Cameron considera que a zona do euro n�o estava nem na metade da sua crise econ�mica.
"Eu acredito que ser� um processo muito longo e doloroso na zona do euro � medida que resolvem se querem uma moeda �nica e uma �nica pol�tica econ�mica e todas as coisas que v�m com tudo isso ou se v�o ter algo bastante diferente", afirmou.