O dado desanimador sobre o mercado de trabalho no setor privado dos Estados Unidos contribui para que a Bovespa mantenha a t�nica dos �ltimos dois meses neste primeiro preg�o de maio. Com a cria��o de menos vagas do que o esperado pelas empresas norte-americanas, o ajuste dos neg�cios locais nesta volta do feriado deve ser residual, j� que o sinal negativo vindo do exterior nesta quarta-feira fornece pouco espa�o para uma recomposi��o do desempenho positivo da v�spera em Nova York. �s 10h08, o Ibovespa ca�a 0,15%, aos 61.726 pontos, depois de ceder � pontua��o m�nima de 61.651, em queda de 0,27%.
O setor privado dos EUA criou 119 mil postos de trabalho em abril, bem abaixo da estimativa de abertura de 175 mil vagas. O dado � visto como um term�metro para o relat�rio oficial de emprego no Pa�s, o payroll, que ser� anunciado nesta sexta-feira. Imediatamente ap�s a divulga��o dos n�meros, os �ndices futuros das Bolsas de Nova York ampliaram a queda. No hor�rio acima, o futuro do S&P 500 ca�a 0,54%.
Em relat�rio, o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, comenta que o mercado de trabalho nos EUA denota uma situa��o de maior volatilidade, com as vagas de emprego ainda sendo criadas, por�m com um �mpeto mais fraco. Assim, os rumos da m�o de obra norte-americana est�o incertos, mas deve haver uma recupera��o mais firme a partir do segundo semestre.
Mas se a oferta de emprego nos EUA ainda capenga, a atividade, por sua vez, d� sinais de reabilita��o, a despeito dos resultados regionais desfavor�veis anunciados recentemente. O ISM industrial do pa�s contrariou a previs�o de queda a 52,9 e subiu para 54,8 em abril, de 53,4 em mar�o. Esse dado fez com que o �ndice Dow Jones alcan�asse, ontem, o maior n�vel em mais de quatro anos durante a sess�o, garantindo um dia de ganhos em Wall Street.
O problema � que a Europa tamb�m trouxe uma rodada negativa de indicadores na manh� desta quarta-feira, inibindo um maior apetite ao risco. Os dados de emprego e de atividade na zona do euro mostram que a situa��o entre os 17 pa�ses que compartilham a moeda �nica � ainda mais preocupante do que a do outro lado do Atl�ntico Norte.
A taxa de desemprego na zona do euro alcan�ou o n�vel recorde de 10,9% em mar�o, com mais de 17,3 milh�es de pessoas sem emprego, o que representa o maior n�mero desde 1995. J� o setor manufatureiro contraiu-se para o maior n�vel em quase tr�s anos em abril, a 45,9, com um decl�nio generalizado da atividade na regi�o.
�s 10h10 (pelo hor�rio de Bras�lia), a Bolsa de Frankfurt ca�a 0,61%, mas Paris segurava-se no azul, com +0,28%. J� a Bolsa de Madri tombava 3,15%. Logo mais, �s 11 horas, nos EUA, saem as encomendas � ind�stria em mar�o e, �s 11h30, � a vez dos estoques semanais de petr�leo bruto e derivados.
Contudo, esses outros n�meros norte-americanos n�o devem ter for�as para migrar os �ndices acion�rios para o terreno positivo, enfraquecendo ainda mais a Bolsa.
O Ibovespa encerrou abril com desvaloriza��o (-4,17%), pelo segundo m�s consecutivo, acumulando no ano ganhos abaixo de dois d�gitos (+8,93%) pela primeira vez em 2012 ap�s o fechamento mensal. E, se terminar do jeito que est� come�ando, o �ndice � vista tem chances de amargar novas perdas em maio, correndo risco de fazer com que a alta desde o in�cio de janeiro "vire p�". A conferir.