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Estado de Minas

Alemanha, maior economia europeia, come�a a sentir efeitos da crise


postado em 02/05/2012 15:14

A Alemanha, apesar de ainda possuir uma situa��o econ�mica melhor que a de seus vizinhos e s�cios do continente, come�a a sofrer com a crise na Europa, conforme apontam as cifras de seu mercado de trabalho e de suas exporta��es industriais publicadas nesta quarta-feira.

A queda do �ndice de Gestor de Compras (PMI, indicador sobre a atividade manufatureira de um pa�s) a seu n�vel mais baixo em 33 meses e as moderadas cifras do desemprego poderiam significar o fim do milagre alem�o. Estas cifras foram publicadas uma semana depois da confirma��o do objetivo oficial de crescimento do PIB de apenas 0,7% para 2012 da primeira economia europeia e de 1,6% em 2013, depois de ter crescido 3% no ano passado.

"A queda do �ndice PMI (de 48,4 pontos em mar�o a 46,2 pontos em abril), reflete amplamente uma nova contra��o dos n�veis de produ��o (...) com uma particular fragilidade nos bens de investimento, com as empresas deste setor prevendo uma r�pida queda de sua carga de trabalho" detalhou o instituto Markit, que publicou este �ndice.

As exporta��es de bens de investimento, especialmente as m�quinas vendidas a ind�strias de todo o mundo, s�o um pilar do modelo econ�mico alem�o, mas pagam pela desacelera��o da economia fora da Alemanha. "Algumas ind�strias explicam a queda em seus pedidos de exporta��o por uma diminui��o da demanda dos clientes do sul da Europa", garantiu Markit.

Por outro lado, o desemprego, um indicador que reage com atraso � conjuntura, reflete tamb�m uma desacelera��o na Alemanha. A taxa de desemprego, ainda invej�vel, ficou em 6,8%, segundo dados corrigidos de varia��es sazonais, com um pequeno aumento do n�mero de pessoas que solicitam emprego (+19.000).

A demanda de m�o de obra "retrocedeu liquidamente" em abril, segundo a ag�ncia estatal de emprego, que estima que "o ponto culminante da demanda parece ter sido superado, embora permane�a em um n�vel muito alto", com 500 mil ofertas de emprego para serem preenchidas.

Isso � consequ�ncia "de uma rea��o atrasada da desacelera��o econ�mica tempor�ria observada no segundo semestre de 2011", segundo Timo Klein, da IHS Global Insight. A demografia da Alemanha em decl�nio e o pequeno n�mero de jovens que chegam ao mercado de trabalho deveriam, contudo, ajudar o mercado de trabalho a m�dio prazo, informou.

Os economistas destacam tamb�m que a locomotiva econ�mica europeia continua numa forma melhor que seus vizinhos e que deveria recuperar pot�ncia ao longo do ano. O �ndice PMI e o desemprego mostram que a Alemanha n�o sai inc�lume dos problemas na Europa e o desenvolvimento da crise da d�vida � o "principal risco" para a primeira economia continental, disse Klein.

At� meados de 2011, a economia alem� n�o sofreu com a crise e o Estado, partid�rio do rigor or�ament�rio na Europa, se aproveitou em alguma medida, de poder pegar empr�stimos a juros quase nulos. Atualmente, a crise volta como um bumerangue, em um momento em que o debate sobre uma reativa��o do gasto p�blico, a que Berlim se op�e, ganha adeptos na Europa.

Neste momento "h� sinais preocupantes de uma certa deteriora��o dos mercados trabalhistas no cora��o" da Europa, destacou Jonathan Loynes, da Capital Economics. "No fim, isso pode ampliar a necessidade de mais crescimento na zona do euro", acrescentou.


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