A Federa��o Brasileira de Bancos voltou a reiterar, por meio de seu economista-chefe, Rubens Sardenberg, que continua engajada na agenda para a redu��o do spread bruto, como deseja o governo Dilma Rousseff. Segundo ele, do ponto de vista estrutural, a Febraban est� empenhada em contribuir para que a elevada carga tribut�ria no Brasil, que afetaria a rentabilidade dos bancos, seja reduzida.
Na avalia��o do economista, tamb�m entraria na agenda o "elevado" dep�sito compuls�rio que os bancos precisam fazer junto ao Banco Central sobre os dep�sitos a prazo e � vista que recebem de seus clientes.
Sardenberg fez as afirma��es durante entrevista online � imprensa na tarde desta quarta-feira para detalhar a pesquisa com proje��es macroecon�micas de um grupo de 31 bancos. Ele foi perguntado sobre o motivo de as taxas de juros na ponta consumidora continuarem elevadas, apesar dos seguidos cortes da Selic, refer�ncia b�sica do juro na economia brasileira. Desde agosto de 2011, a Selic caiu 3,5 pontos porcentuais, de 12,5% ao ano para atuais 9% ao ano.
Sem entrar em detalhes sobre as taxas de juros na ponta do consumidor, sob a alega��o de que a Febraban n�o comenta estrat�gias de seus associados (os bancos), o economista disse que, se o Pa�s apresentar melhoras em sua economia, como a redu��o da inadimpl�ncia, os juros banc�rios poder�o cair na ponta. "Estou falando do ponto de vista da tend�ncia na margem. Se formos falar do ponto de vista estrutural, teremos que falar de redu��o de impostos e compuls�rio."
Ele refor�ou o que tem sido dito pelo presidente da Febraban, Murilo Portugal. "O spread bruto no Brasil � muito alto porque temos uma carga tribut�ria e um compuls�rio altos e uma inadimpl�ncia elevada." Spread � um termo econ�mico para definir a diferen�a entre as taxas de juros que os bancos pagam ao captar recursos e as taxas de juros que oferecem a seus clientes.