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Estado de Minas

Governo vai atrelar rendimento da poupan�a � taxa b�sica de juros


postado em 03/05/2012 18:09 / atualizado em 03/05/2012 18:42

O governo vai atrelar a remunera��o da poupan�a � taxa b�sica de juros, a Selic. A mudan�a ser� editada por medida provis�ria, que deve entrar em vigor amanh�. A informa��o � de l�deres sindicais que participaram de reuni�o em que a presidenta Dilma Rousseff apresentou a proposta �s centrais sindicais.

Segundo o presidente da For�a Sindical, deputado Paulinho da For�a (PDT-SP), o crit�rio atual de remunera��o da poupan�a – de 6,17% ao ano mais varia��o da Taxa Referencial (TR) – vai ser substitu�do pela varia��o da TR mais 70% da Selic, quando a taxa b�sica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos. Atualmente, a Selic est� fixada em 9% ao ano.


A altera��o valer� apenas para novos dep�sitos, segundo Paulinho, e n�o afetar� as 100 milh�es de contas na caderneta de poupan�a existentes. “Nossa preocupa��o � que os atuais poupadores n�o fossem prejudicados. Como a mudan�a garante direitos dos poupadores atuais, n�s [da For�a Sindical] apoiamos a altera��o”, disse. O presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, tamb�m confirmou a mudan�a, mas disse que a entidade ainda vai avaliar a proposta.

A mudan�a na remunera��o da poupan�a vai permitir que o governo continue a baixar os juros sem que os grandes investidores se sintam estimulados a migrar para a poupan�a e deixem de comprar t�tulos p�blicos. O an�ncio oficial da medida deve ser feito ainda hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Rentabilidade

Segundo um ex-presidente do Banco Central que prefere permanecer an�nimo, antes de tomar alguma medida mais pol�mica o governo deveria usar o que est� � disposi��o. Uma das ferramentas � levar ao menor percentual poss�vel a Taxa Referencial (TR), que incrementa a rentabilidade da poupan�a em quase 1% ao ano. De acordo com esse economista, a estrat�gia j� foi usada anteriormente, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Como a TR � formada pela taxa m�dia mensal dos certificados de dep�sitos banc�rios (CDB) de 30 institui��es selecionadas, eles podem escolher as financeiras que praticam as menores taxas para obter um resultado bem inferior ao praticado atualmente. A pr�pria queda da Selic tamb�m promover� uma redu��o natural da TR. Uma fonte da Fazenda confirmou que n�o haver� “nada muito criativo al�m do que j� foi feito no passado”.

Na vis�o de especialistas, por�m, essa mudan�a sutil daria apenas um f�lego moment�neo. “� necess�rio mudar a rentabilidade fixa da poupan�a. Ela limita a atua��o do BC”, explicou a economista e consultora particular Zeina Latif. O Decreto nº 2.723, de 12 de janeiro de 1861, que criou a Caixa, estabelece, por�m, remunera��o fixa de 6% ao ano, ou 0,5% ao m�s, nas cadernetas. O governo, antes de mudar a forma da poupan�a, vai ainda pressionar os bancos e gestores de fundos de renda fixa a reduzir suas taxas de administra��o. Atualmente, quase metade desses fundos perde para a poupan�a devido aos custos elevados. Para o economista-chefe de Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, a melhor op��o seria a mais simples, como a proposta que tem sido discutida de atrelar o rendimento da caderneta a 80% da Selic. “Uma mudan�a � bem-vinda. Nesse contexto, seria um bom movimento do governo. Atrelar o rendimento � Selic � uma boa alternativa.”

Mudan�a de h�bito para investidor

Para garantir rendimentos significativos em suas aplica��es financeiras, os brasileiros ser�o obrigados a partir para investimentos de risco, como � o caso do mercado de capitais. Com a redu��o dos juros b�sicos da economia no pa�s (taxa Selic), que ca�ram de 13,75% ao ano em 2008 para 9% em abril de 2012, os ganhos dos investidores na renda fixa tamb�m desceram morro abaixo. Hoje, a aplica��o de recursos em fundos de investimento atrelados aos t�tulos do governo garante renda bruta m�dia entre 8,7% e 9% ao ano, sem contar a infla��o, o Imposto de Renda e a taxa de administra��o cobrada pelos bancos. O rendimento l�quido m�dio � de 2,5%.

No CDB, a situa��o n�o � muito diferente. Pap�is atrelados aos t�tulos p�blicos t�m renda bruta m�dia de 9,01% e renda real anual de 2%. O levantamento foi feito pelo consultor de finan�as Paulo Vieira, a pedido do Estado de Minas. Ele lembra que as corre��es de aplica��es como fundos de investimentos e CDBs s�o diferentes entre si, pois dependem do banco, do perfil dos investidores e do valor da aplica��o financeira.

“Cada um desses fundos tem praticamente uma digital, com caracter�sticas muito pr�prias”, explica. A caderneta de poupan�a, por sua vez, � corrigida em 6,17% mais TR, o que significa rendimento bruto anual de 7% ou 0,5% l�quido, levando em conta uma infla��o de 6,5%, teto da meta do Banco Central (BC). Com a infla��o a 4,5%, o ganho salta para 2,5% e supera o rendimento dos fundos. Segundo Vieira, com a proximidade entre os ganhos reais da renda fixa no pa�s com a caderneta de poupan�a, aplicar recursos em t�tulos de investimentos s� ser� vantajoso caso a taxa de administra��o seja inferior a 1,5%.



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