Otimismo com economia n�o chegou ao setor de servi�os

Os empres�rios do setor de servi�os ainda n�o foram contaminados pelo otimismo derivado da perda de for�a da infla��o, das sucessivas quedas na taxa b�sica de juros (Selic) e dos est�mulos do governo � economia. A queda na confian�a registrada pela Sondagem de Servi�os, divulgada pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV), teve perfil disseminado. Os sete segmentos pesquisados apresentaram recuo em abril na compara��o com igual m�s de 2011.

"Na percep��o dos empres�rios, a situa��o n�o est� ficando melhor ao longo do tempo. H� um otimismo menor do que h� um ano. Isso est� em linha com o desempenho da atividade econ�mica naquela �poca e agora", explicou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). "Esse sinal negativo pega todos os sete segmentos pesquisados, tanto na confian�a como um todo quanto no �ndice da situa��o atual e no �ndice de expectativas".

O �ndice de Confian�a de Servi�os (ICS) caiu 4,8% em abril ante abril de 2011, a nona taxa negativa consecutiva. Dentro do indicador, o �ndice de Situa��o Atual - que mede a percep��o sobre o momento atual - recuou 8,3%, enquanto o �ndice de Expectativas - que mostra a perspectiva para o cen�rio futuro - caiu 1,9%.

"Esse resultado negativo � mais importante como impacto em dois segmentos: o de servi�os prestados �s empresas e de servi�os de transportes", contou Sales.

A queda na confian�a dos servi�os prestados �s empresas foi de 5 6% em abril, enquanto a dos servi�os de transportes foi de 7,3%. "O segmento dos servi�os que atendem o mercado empresarial s�o os que est�o pressionando mais a confian�a para baixo", disse o consultor da FGV. "E mesmo no setor de transportes, diz respeito mais ao transporte de carga".