A infla��o caminha para a estabilidade em Belo Horizonte. O �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolu��o dos gastos das fam�lias com renda de 1 a 40 sal�rios m�nimos, teve varia��o positiva de 0,34% em abril. As maiores varia��es vieram do cigarro (15,45%), do feij�o carioquinha (12,12%), do g�s em buj�o (3,44%), das despesas com energia el�trica (2,91%) e com condom�nio (1,55%), segundo dados da Funda��o Ipead.
Desde janeiro a infla��o dos �ltimos doze meses apresenta queda na capital. “O custo de vida est� voltando aos poucos � normalidade”, afirma o economista Wanderley Ramalho, coordenador de pesquisas da Funda��o Ipead. No ano, a infla��o acumula alta de 3,18% e nos �ltimos 12 meses de 5,90%. Os alimentos in natura, a alimenta��o fora de casa e em restaurante seguem em alta na capital, com reajuste de 8,68%, 4,10% e 4,18%, respectivamente no acumulado de 2012. A infla��o da capital fechou em 7,44% em 2011. Se for levar em conta o resultado dos quatro primeiros meses deste ano, a infla��o deve fechar com taxa menor, avalia Ramalho.
O tomate teve queda expressiva nos pre�os em abril, de 16,67%, segundo a Funda��o Ipead. A passagem a�rea tamb�m recuou o pre�o em 2,26% no m�s passado. “Estamos em per�odo de baixa temporada e � esperado valor menor dos bilhetes”, observa Ramalho. O �ndice de Pre�os ao Consumidor Restrito (IPCR), referente �s fam�lias com renda de um a seis sal�rios m�nimos, apresentou varia��o de 0,55% em abril.
O economista aplaudiu as medidas anunciadas recentemente pelo governo federal para reduzir os juros. Pela sexta vez consecutiva, o Comit� de Pol�tica Monet�ria do Banco Central (Copom) reduziu a taxa b�sica de juros da economia (Selic) para 9% ao ano. � o menor n�vel estabelecido desde abril de 2010. “Foi a primeira vez que foram tomadas medidas efetivas para reduzir os juros e isso deve fazer com que todas as taxas cheguem em um patamar civilizado”, diz Ramalho.
A pesquisa apontou que as taxas de juros cresceram principalmente com os im�veis na planta, que subiram 44,44% em rela��o ao m�s anterior, nos im�veis constru�dos, que subiram10,20%, nas cooperativas de cr�dito, que tiveram alta de 11,01% e no vestu�rio e cal�ados, que subiu 10,60%. As varia��es negativas ficaram por conta dos combust�veis (- 20,68%), dos eletroeletr�nicos (- 10,78%) e do Cr�dito Direto ao Consumidor em Financeiras (CDC- Financeiro), de - 6,72%.
Cesta b�sica
O custo da cesta b�sica acompanha o ritmo da infla��o, na avalia��o de Ramalho. A cesta teve varia��o negativa de 0,31% entre mar�o e abril de 2012. O valor da cesta foi de R$ 259,50 e representou 41,72% do piso salarial do m�s. As maiores quedas na cesta aconteceram com o tomate (-18,72%), ch� de dentro ( – 3,41%) e manteiga (- 1,22%). As maiores altas ficaram por conta da batata inglesa (15,75%), banana caturra (9,23%) e feij�o carioquinha (12,58%).