Os investidores t�m raz�es de sobra para adotar um posicionamento de precau��o nesta manh�. Nos Estados Unidos foram abertas 115 mil vagas de emprego no m�s passado, abaixo da previs�o de cria��o de 168 mil postos. Na Europa, h� tes�o por causa das elei��es nacionais na Fran�a, na Gr�cia e regionais no Estado alem�o de Schleswig-Holstein no final de semana. No mercado de c�mbio internacional, permanece o sentimento de cautela que coloca o d�lar em alta ante seus pares globais.
No mercado dom�stico, al�m das raz�es externas, motivos locais tamb�m ir�o conduzir o movimento do d�lar nesta sexta-feira, ap�s a confirma��o da mudan�a nas regras de remunera��o da poupan�a. Junto com revis�es para baixo das proje��es para a taxa Selic neste ano, alguns analistas avisaram, ontem antes da confirma��o oficial da mudan�a na caderneta de poupan�a, que ajustariam para cima, de forma concomitante, as previs�es para o d�lar ante o real. O d�lar abriu em queda de 0,37%, a R$ 1,9080. Mas j� subia 0,16%, a R$ 1,9180, �s 10h20.
O d�lar encerrou a quinta-feira a R$ 1,9150, com queda de 0,31%, em movimento de realiza��o de lucros com informa��es sobre a mudan�a na caderneta de poupan�a e um dia ap�s ter atingido a cota��o mais elevada desde julho de 2009. A tend�ncia para a moeda, por�m, � de valoriza��o em rela��o ao real, em face dos ajustes do mercado de juros � perspectiva de uma taxa Selic em decl�nio, citam operadores. Decl�nios nas taxas projetadas pelos DIs t�m sido acompanhados por correspondente eleva��o do d�lar.
A percep��o dominante � de que, mesmo em patamares ainda elevados considerando os n�veis dos juros no exterior, a redu��o da Selic estreita o diferencial e deixa menos atrativa a entrada de d�lares no Pa�s, tendendo a valorizar o d�lar ante a moeda brasileira.
"Enquanto o movimento de eleva��o do d�lar ante a moeda brasileira permanecer ordenado, n�o antecipamos qualquer recuo do governo em rela��o � atual pol�tica de c�mbio", citou estrategista de um banco no exterior.
A nova poupan�a e a queda da produ��o industrial refor�am a vis�o dos analistas do Barclays Capital de que o Banco Central vai cortar a Selic, atualmente em 9% ao ano, para 8,25%, com uma redu��o de 0,50 ponto porcentual neste m�s e um corte final de 0,25 pp em julho, "mantendo press�o de baixa sobre o real".