O d�lar bateu nos esperados R$ 1,90 na semana passada, o que estimula as exporta��es ,que, somadas aos benef�cios do cr�dito interno mais barato, servem de incentivo, como queria o governo, para ind�stria e varejo retomarem o crescimento. Esse processo demandar� maior consumo de combust�veis e projetos que estavam na gaveta, como os bilh�es de reais prometidos para a estocagem de etanol, podem sair do papel. Isso s� n�o ocorreu ainda porque, com o d�lar baixo, as importa��es dos produtos n�o pesavam no bolso dos consumidores nem criavam impacto na infla��o.
Em fevereiro, o governo liberou R$ 4,5 bilh�es para financiar a estocagem de etanol combust�vel, mas at� agora a regulamenta��o da linha de cr�dito aprovada pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), pelo Tesouro Nacional n�o foi divulgada. A expectativa inicial era de que os produtores interessados j� pudessem manifestar o interesse no financiamento a partir deste m�s. Procurado, o Minist�rio da Fazenda n�o explicou a raz�o do atraso.
Quando anunciou a medida, o CMN alegou que o objetivo era garantir estoques do produto durante a entressafra, quando os pre�os disparam nas bombas e t�m impacto para os consumidores e as taxas de infla��o. Esse per�odo costuma ser de janeiro a abril na regi�o Centro-Sul, que inclui o estado de S�o Paulo. Hoje, como eles praticamente n�o existem, toda a produ��o � escoada para os distribuidores e, como a demanda � crescente devido ao aumento da mistura do �lcool na gasolina e � amplia��o da frota com motores bicombust�veis, as importa��es do produto vindo dos Estados Unidos aumentaram de forma expressiva. O d�lar barato tamb�m tem ajudado a segurar os pre�os no mercado interno.
De janeiro a mar�o, os desembarques de etanol norte-americano saltaram 1.450%, passando de US$ 14,7 milh�es para US$ 227,5 milh�es — em valores FOB (do ingl�s Free on Board), ou seja, sem os custos de transporte, como frete e seguro —, de acordo com os �ltimos dados consolidados do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (Mdic). Com isso, a participa��o do etanol no total das compras nacionais feitas nos Estados Unidos saltou de 0,2% para 2,9%.
Do total da linha de cr�dito, R$ 4,5 bilh�es, R$ 2,5 bilh�es ser�o administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e os R$ 2 bilh�es restantes pelo Banco do Brasil. At� o momento, devido � falta de regulamenta��o, o BNDES informou que n�o recebeu nenhuma solicita��o. A expectativa do governo com a nova linha de cr�dito � que ela seja utilizada para a estocagem de 3,7 bilh�es de litros de etanol, sendo 1,6 bilh�o de litros de �lcool anidro (usado na misturacom a gasolina) e 2,1 bilh�es de litros do produto hidratado (vendido nas bombas dos postos de combust�veis).