Se ontem a Bovespa encontrou for�as para retomar os 61 mil pontos, perdidos na �ltima sexta-feira, hoje n�o deve mostrar tanta bravura para seguir adiante nesse n�vel e tende mais a retroceder � marca anterior, nos 60 mil pontos. O fato � que, enquanto as incertezas europeias n�o derem uma tr�gua e os dados econ�micos nos Estados Unidos e na China n�o ajudarem, os neg�cios locais devem oscilar nessa margem estreita, at� definirem uma dire��o firme (se de alta ou de baixa). Por volta das 10 horas, o Ibovespa ca�a 0,47%, aos 60.931,05 pontos, na pontua��o m�nima at� ent�o.
Por enquanto, o ambiente para os neg�cios com risco est� mais para cautela do que para fuga desordenada. Os investidores est�o apreensivos com os resultados inconclusivos das elei��es na Gr�cia, que n�o garantiram votos suficientes a nenhum partido para a escolha do primeiro-ministro, deixando d�vidas sobre a necessidade de novas elei��es, j� em junho, caso nenhuma coaliz�o seja formada.
Ao mesmo tempo, os mercados financeiros digerem o fim da era "Merkozy", com esperan�as de que seja encontrado um ponto de equil�brio entre o pacto de austeridade europeu e a dimens�o de crescimento econ�mico na zona do euro. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse ao presidente franc�s eleito, Fran�ois Hollande, que a amizade franco-alem� vai se aprofundar.
Mesmo com todas essas apreens�es sobre a Europa, quem ir� ditar o rumo da Bolsa hoje ser�o os mercados acion�rios norte-americanos. E a queda sinalizada para o in�cio do preg�o em Wall Street n�o deve encontrar alento, diante da fraca agenda econ�mica do dia nos EUA.
� v�lido lembrar que, a partir de quinta-feira, a China divulga uma s�rie de dados de primeira grandeza - sobre infla��o e atividade, o que deve trazer volatilidade �s commodities e, de quebra, � Bolsa. A safra de balan�os dom�stica tamb�m deve agitar, pontualmente, algumas a��es e setores.