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Estado de Minas

Gr�cia se aproxima da sa�da do euro, UE e Alemanha perante um grande dilema


postado em 09/05/2012 15:08

O limbo pol�tico da Gr�cia ap�s a rejei��o da popula��o � austeridade aproximou o pa�s da porta de sa�da da Eurozona e criou um enorme dilema para a Uni�o Europeia, em particular para a Alemanha, opinam os analistas.

Desde as elei��es legislativas de domingo, nas quais os eleitores gregos desautorizaram os dois partidos tradicionais respons�veis pela d�vida e pela aceita��o das duras condi��es impostas pelos credores, os analistas dos mercados financeiros fazem previs�es sobre o futuro imediato do pa�s e do euro.

A economista Gillian Edgeworth, da UniCredit, afirma que os credores da Gr�cia devem permanecer em guarda e "trabalhar em uma solu��o". Uma sa�da da Gr�cia da Eurozona significaria "uma grande desvaloriza��o, uma espiral inflacion�ria e uma queda do crescimento do PIB de dois d�gitos" e produziria "uma cadeia de defaults do setor privado", afirma.

Al�m disso, seriam impostos "controles de capitais que limitariam qualquer sa�da de fundos do pa�s" e "bancos fechariam". Tamb�m n�o h� garantia de "que um banco que trabalhe na Gr�cia n�o borrife para a Eurozona", adverte. Os analistas concordam que o aumento da tens�o da crise da d�vida ir� comprometer as possibilidades de crescimento na Europa.

Enquanto os partidos pol�ticos em Atenas negociam o futuro do pa�s quando se aproxima a vital temporada tur�stica de ver�o, a Uni�o Europeia e o Fundo Monet�rio Internacional est�o diante de um complicado dilema.


Em particular, porque devem esclarecer quest�es sobre se devem alcan�ar um compromisso e como faz�-lo sobre as condi��es de ajuda e as garantias que podem obter em troca, assim como os riscos de que qualquer acordo possa minar a credibilidade de outros pa�ses resgatados e aumentar os pedidos para renegociar os j� assinados.

Se a Gr�cia deixar de ser membro da Eurozona, os efeitos ser�o muito piores para os gregos do que querem acreditar. No caso da Eurozona e da Uni�o Europeia, as tens�es podem aumentar nos elos mais fr�geis e nos mercados, mas terminariam absorvendo o impacto.

No entanto, caso o aumento da crise obrigue um pa�s grande da Eurozona a pedir ajuda, existem d�vidas sobre a capacidade dos Fundos de resgate da UE e do Fundo Monet�rio Internacional. Edgeworth afirma que, � exce��o do Banco Central Europeu, nem a UE, nem o FMI t�m mecanismos "corta-fogos" suficientes para enfrentar, por exemplo, um pedido de ajuda da Espanha.

Os efeitos de uma sa�da da Gr�cia da Eurozona e do fracasso das tentativas para resolv�-los poderiam ser muito prejudiciais para a credibilidade pol�tica da UE, embora os analistas tamb�m afirmem que uma crise assim poderia contribuir para aumentar a coes�o dos 16 membros restantes. O economista Ben May, da Capital Economics de Londres, reconhece que o risco de a Gr�cia abandonar a Eurozona ainda neste ano aumentou.

Outra elei��o no pa�s, caso os partidos fracassem em formar governo, e mais incertezas podem deixar o governo sem recursos para pagar as d�vidas, embora seja poss�vel evitar um default se uma nova elei��o der aos dois partidos tradicionais - o conservador Nova Democracia e o socialista Pasok - votos suficientes para manter as reformas e obter as pr�ximas parcelas do cr�dito concedido ao pa�s por seus credores.

Caso contr�rio, as autoridades pol�ticas europeias podem obrigar a Gr�cia a abandonar o euro. A Capital Economics tamb�m adverte que as novas tens�es geradas pela Gr�cia podem afetar o b�nus alem�o, um valor ref�gio, caso os investidores abandonem a Eurozona, e a Alemanha teria altos custos se n�o conseguisse prevenir uma ruptura desordenada do bloco.

Analistas do Commerzbank advertem que "o pior dos cen�rios - com a Gr�cia abandonando a moeda �nica - pode contribuir para uma sa�da de capitais dos pa�ses da periferia, o que for�aria o BCE a proporcionar a estes pa�ses capital por meio de impress�o de moeda a maior velocidade".

"As possibilidades de a Gr�cia abandonar a Eurozona fazem com que os mercados questionem a pr�pria ideia da Europa", pensam os analistas da ag�ncia de corretagem francesa Aurel BGC. "� evidente que os investidores n�o estar�o muito inclinados a emprestar para Portugal, Irlanda ou inclusive Espanha se houver risco de que algum deles saia do euro", alegam.

Mas o retorno �s moedas nacionais tamb�m n�o parece uma boa ideia. O diretor da ag�ncia de classifica��o Fitch, Paul Taylor, disse � revista alem� Der Spiegel que, se "o marco alem�o for reintroduzido, se valorizar� consideravelmente diante de outras moedas. O setor exportador, o motor da economia alem�, sofrer� o impacto". "A Alemanha n�o vai tolerar isso, ainda que um ou v�rios pa�ses abandonem a Eurozona", prev�.

Para o broker da Oddo em Paris, Bruno Cavalier, a quest�o � muito simples: ou a Gr�cia se compromete a perder sua pouca soberania e aplica as reformas exigidas por seus credores, ou recupera sua soberania monet�ria e corta todas as liga��es com a Europa.


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