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Estado de Minas

Cigarro provoca aumento da infla��o

Reajuste do pre�o do cigarro faz infla��o medida pelo IPCA triplicar para 0,64% em abril. No ano, alta � inferior � de 2011


postado em 10/05/2012 06:00 / atualizado em 10/05/2012 06:46

A cada ano o h�bito de fumar pesa mais no bolso do brasileiro. Em abril, o cigarro vendido no pa�s ficou 15% mais caro, mas o reajuste m�dio atingiu 25%. A infla��o do tabaco sentida no or�amento dom�stico foi tamb�m captada pela infla��o. Em abril os cigarros tiveram um impacto de 0,12 ponto percentual no �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Foi a principal contribui��o para o �ndice que chegou bem salgado em abril. A taxa de 0,64%, � tr�s vezes maior que o 0,21% medido em mar�o e a maior desde abril do ano passado, quando o IPCA ficou em 0,77%. A taxa tamb�m ficou acima da m�dia prevista pelo mercado, de 0,60%.

Apesar da disparada do custo de vida, especialistas acreditam que este ano a press�o inflacion�ria ser� menor que em 2011, fechando 2012 abaixo do teto da meta do governo de 6,5%. No acumulado do ano, o �ndice ficou em 1,87%, abaixo da taxa de 3,23% relativa a igual per�odo de 2011. Considerando os �ltimos 12 meses, de 5,10%, tamb�m � inferior aos 5,24% relativos aos 12 meses encerrados em mar�o.

Felipe Queiroz, analista econ�mico da Austin Rating, diz que para maio a expectativa � de que o �ndice desacelere para 0,58%. Segundo a consultoria, a infla��o deve fechar o ano em 5,6%. A alta do IPCA em abril tamb�m n�o deve alterar a trajet�ria do Banco Central de cortes na Selic (taxa b�sica de juros). “Na pr�xima reuni�o o Copom deve realizar o corte de mais meio ponto percentual”, diz Queiroz. O analista aponta que n�o h� ambiente macroecon�mico mundial que justifique uma disparada da infla��o. “A economia americana n�o cresce com o vigor esperado, pa�ses europeus vivem uma contra��o do PIB e j� � percebida uma desacelera��o do consumo chin�s.” Apesar disso, ele aponta que ao reduzir a taxa para patamares abaixo dos 9% o BC entra em uma zona desconhecida. “O risco de errar na dose � grande.”

Juntos, o cigarro, rem�dios e empregado dom�stico somaram o impacto de 0,24 ponto percentual na infla��o de abril. “Sozinhos, estes tr�s itens foram respons�veis por 38% do IPCA do m�s”, ressalta Irene Maria Machado, gerente de pesquisa do IBGE. Ela lembra que a press�o do trio superou a dos alimentos, cujo grupo teve impacto de 0,12 p. p. “Apesar do impacto menor de mar�o para abril, a varia��o dos alimentos passou de 0,25% para 0,51%.” Impulsionado pelo cigarro, o peso do grupo despesas pessoais deu um salto, acelerando no per�odo de 0,55% para 2,23%. Do outro lado, aliviando a balan�a, as despesas com educa��o n�o impactaram o IPCA em abril e desaceleraram de 0,54% para 0,04%.

Em abril o consumidor tamb�m passou a gastar mais com habita��o. Sem refresco para o custo de vida, os alugu�is tiveram varia��o de 0,82%, enquanto em mar�o haviam registrado alta de 0,45%. O condom�nio tamb�m subiu mais em abril, passando de 0,48% para 1,01%.

Apostando no corte de mais 1 ponto percentual na taxa b�sica do pa�s que em dezembro chegaria a 8%, o professor de economia da Universidade de Bras�lia (UnB) Roberto Piscitelli acredita que o custo de vida acumulado em 5,10% em 12 meses encerrados em abril atinja o percentual de 5,5% em dezembro. “Alguns itens impactaram o IPCA este m�s o que n�o consolida uma tend�ncia.”


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