Produtores rurais, metal�rgicos, portu�rios, banc�rios, servidores de hospitais, motoristas de transportes coletivos, motoristas de distribui��o de combust�veis l�quidos e outras categorias cruzam os bra�os hoje na Argentina por diferentes raz�es. A quinta-feira de greves no pa�s marca a temporada de negocia��es salariais, evidencia a elevada taxa de infla��o, exp�e disputas sindicais pelo poder e sela a fissura da Central Geral do Trabalho (CGT) com o governo de Cristina Kirchner.
Os trabalhadores do Servi�o Nacional de Sa�de e Qualidade Agroalimentar (Senasa) tamb�m come�aram hoje uma greve de 72 horas. Os banc�rios portenhos iniciam paralisa��o neste dia, assim como os empregados dos hospitais da prov�ncia de Santa F�, os motoristas de transportes coletivos de C�rdoba, e os metal�rgicos de todo o pa�s. Os funcion�rios dos portos de Ros�rio, onde se encontra o maior polo agroexportador do pa�s, iniciam hoje um bloqueio das unidades processadoras das companhias para pedir um incremento do sal�rio m�nimo. O piquete � por tempo indeterminado, o que pode afetar seria mente as exporta��es de oleaginosas, gr�os e derivados.
As reivindica��es salariais entre mar�o e maio s�o habituais na Argentina porque esse � o per�odo de negocia��es dos acordos coletivos de trabalho. Por�m, a discuss�o se torna mais tensa porque h� duas medi��es de infla��o: a oficial, que aponta para alta anual em torno de 10%, e a de consultorias e institutos privados, que oscilam entre 22% e 25%. O governo tem pressionado os sindicatos para que os reajustes fiquem em torno de 18% para n�o disparar as expectativas inflacion�rias.
No entanto, nem todos os protestos s�o pela atualiza��o salarial. Os produtores rurais da prov�ncia de Buenos Aires, a maior produtora agropecu�ria do pa�s, deixaram de comercializar seus produtos desde a meia-noite para protestar contra o aumento de 400% no imposto territorial rural que deve ser aprovado hoje pela Assembleia Legislativa provincial. A paralisa��o vai durar at� domingo e significa que a ind�stria, o com�rcio e os portos para embarques destinados � exporta��o n�o receber�o gr�os e produtos animais durante o per�odo.