Os presidentes Jacob Zuma (�frica do Sul) e Vladimir Putin (R�ssia), al�m dos primeiros-ministros da �ndia, Manmohan Singh, e da China, Wen Jiabao, confirmaram participa��o na Confer�ncia Rio+20, de 20 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Todos pertencem ao chamado Brics.
No come�o desta semana, o presidente eleito da Fran�a, Fran�ois Hollande, que elogiou a pol�tica social do Brasil, tamb�m confirmou sua vinda ao pa�s para o evento.
Por enquanto, 116 chefes de Estado e de Governo informaram que estar�o presentes �s discuss�es. Muitos governos enviar�o ministros e assessores para o evento por dificuldades com a agenda pol�tica interna. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por exemplo, est� em campanha pela reelei��o.
O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, disse que o desafio da confer�ncia � buscar o consenso, sem acentuar as diferen�as.
“A proposta da Rio+20 � lan�ar um olhar cr�tico, com equil�brio e [buscando resolver as] lacunas, mostrando as �reas que avan�amos. Os pa�ses individualmente podem mostrar isso, mas existem outras �reas em que os avan�os foram negligenciados”, disse o chanceler, definindo as dificuldades em alinhavar consensos.
Por�m, segundo Patriota, os desafios n�o podem afetar a expectativa de que a Rio+20 consagrar� um marco sobre preserva��o ambiental, desenvolvimento sustent�vel e economia verde, definindo um novo padr�o para o setor. “A diplomacia consiste em conciliar multiplicidade de interesses. O interessante nesses objetivos � que se dirigem a todos os pa�ses da comunidade internacional.”
O porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes, acrescentou ainda que, como anfitri�o do evento, o Brasil tem o papel de ser promotor da busca de consensos. “Como anfitri�es, os brasileiros devem servir como uma esp�cie de ponte entre as polariza��es existentes, buscando a consolida��o de uma agenda positiva”, disse ele.
Nos debates que antecederam � confer�ncia e durante a Rio+20, os brasileiros destacar�o a necessidade de conciliar as quest�es relativas � preserva��o ambiental, ao desenvolvimento sustent�vel e � economia verde com inclus�o social. As autoridades querem mostrar que os avan�os registrados no pa�s credenciam o Brasil para a proposta.
Nas discuss�es, os brasileiros tamb�m defender�o a participa��o de popula��es exclu�das nos debates. Gra�as a isso, haver� um espa�o exclusivo para esses grupos e para as organiza��es n�o governamentais no Aterro do Flamengo, no Rio, denominado C�pula dos Povos.