O euro opera em forte queda ante o d�lar nesta segunda-feira, com os temores de uma poss�vel sa�da da Gr�cia da zona do euro, ap�s os l�deres dos principais partidos do pa�s n�o terem conseguido chegar a um acordo sobre um governo de coaliz�o, durante reuni�es no fim de semana. A onda de avers�o a risco nos mercados prejudica tamb�m outras moedas emergentes, como o d�lar australiano.
Por volta das 9h20 (pelo hor�rio de Bras�lia), o euro ca�a a US$ 1,2860, US$ 1,2919 no fim da tarde de sexta-feira em Nova York. � a primeira vez que o euro recua abaixo de US$ 1,29 desde 23 de janeiro. O d�lar recuava para 79,78 ienes, de 79,94 ienes. O �ndice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais concorrentes, ganhava 0,35%, a 80,548 pontos. O d�lar australiano recuava para US$ 0,99, caindo abaixo da paridade com o d�lar norte-americano pela primeira vez desde 20 de dezembro do ano passado.
Os l�deres dos partidos gregos continuam a negociar, mas se eles n�o chegarem a um acordo at� a ter�a-feira o pa�s ter� de convocar novas elei��es dentro de aproximadamente um m�s. E nesse novo pleito devem ganhar mais for�a ainda partidos que se op�em aos termos do segundo pacote internacional de resgate, de 130 bilh�es de euros, em troca do qual o pa�s se comprometeu a adotar duras medidas de austeridade.
Apesar da queda acentuada do euro, as respostas nos mercados de c�mbio � crise na Europa s�o menos acentuadas do que as oscila��es observadas em 2011. Mesmo assim estrategistas dizem que est�o se preparando para o pior. "N�s ainda estamos longe da sa�da da Gr�cia da zona do euro, mas a incerteza � suficiente para aumentar a busca por seguran�a", disse Ulrich Leuchtmann, do Commerzbank.
As incertezas tamb�m refletem preocupa��es mais amplas com o crescimento da zona do euro, segundo analistas. Nesta segunda-feira, um leil�o relativamente bem-sucedido de b�nus realizado pela It�lia ajudou a aliviar um pouco o clima, mas foi ofuscado pela queda na produ��o industrial na zona do euro em mar�o. A produ��o recuou 0,3% ante fevereiro e 2,2% na compara��o com mar�o do ano passado. � o maior decl�nio anual desde dezembro de 2009.
Enquanto isso, o fato de a China ter reduzido as exig�ncias de compuls�rio para os bancos do pa�s n�o foi suficiente para dissipar os temores em rela��o � desacelera��o da segunda maior economia do mundo.