A Eurozona dar� um ultimato � Gr�cia na reuni�o de ministros das Finan�as (Eurogrupo) desta segunda-feira e pedir� ao pa�s para que confirme o cumprimento de seu programa de ajustes, ou aceite sua sa�da da Uni�o Monet�ria.
"Vemos o futuro da Gr�cia no euro e queremos que a Gr�cia permane�a no euro", afirmou a porta-voz da Comiss�o Europeia, Pia Ahrenkilde, antes do in�cio da reuni�o dos 17 ministros de Economia e Finan�as do Eurogrupo.
Pia, no entanto, tamb�m refor�ou a advert�ncia recente do presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso: "se um membro do clube n�o respeita as regras, o melhor � que saia do clube".
O encontro de ministros acontece em um momento no qual diminuem as esperan�as de avan�o nas negocia��es entre os l�deres dos principais partidos gregos para tentar alcan�ar um acordo de governo, aumentando assim a possibilidade da convoca��o de novas elei��es em junho.
Nesta segunda-feira, o l�der do Dimar, um pequeno partido de esquerda grego, Fotis Kuvelis, pr�-europeu, disse que formar um novo governo de unidade na Gr�cia ser� imposs�vel.
"N�o poder� surgir nenhum governo de uni�o", disse Fotis Kuvelis, ao comentar a firme rejei��o do partido da esquerda radical Syriza a participar de uma coaliz�o com social-democratas e conservadores, em refer�ncia ao Pasok e � Nova Democracia (ND), que acordaram os planos de austeridade com a Uni�o Europeia (UE).
A Espanha, apesar de estar tamb�m no foco das preocupa��es europeias, disse � Gr�cia que "a perman�ncia no euro implica em uma s�rie de obriga��es", conforme declarou o chanceler espanhol, Jos� Manuel Garc�a-Margallo, em sua chegada � reuni�o com seus s�cios europeus em Bruxelas, em um encontro pr�vio � reuni�o de ministros das Finan�as.
"O melhor que a Gr�cia poderia fazer por sua pr�pria sobreviv�ncia e pela sobreviv�ncia da Uni�o Monet�ria � formar um governo o quanto antes e confirmar o cumprimento das medidas de rigor necess�rias para que o pa�s continue recebendo ajuda", disse o chanceler espanhol, cujo pa�s tamb�m est� sujeito a duras medidas de ajuste acordadas com Bruxelas.
A Espanha, por sua vez, tamb�m ter� que dar explica��es sobre sua reforma banc�ria e sobre a nacionaliza��o parcial do Bankia, a maior uni�o de caixa de poupan�a e quarto maior banco do pa�s.
A nova reforma para sanear o setor, que obrigar� os bancos a provisionar 30 bilh�es de euros a mais em 2012, se soma a medidas anteriores, introduzidas em fevereiro, que j� impuseram 53,8 bilh�es de euros em provis�es aos bancos.
As entidades banc�rias espanholas carregam cerca de 184 bilh�es de euros (238 bilh�es de d�lares) em ativos imobili�rios de valor duvidoso, que representam 60% de sua carteira.
Essa preocupa��o se reflete nos mercados, que se perguntam sobre a sa�de da economia espanhola, em meio a uma s�rie de dados ruins.
Uma an�lise recente da Comiss�o Europeia estimou que a Espanha descumprir� n�o s� sua meta de d�ficit de 5,3% para este ano, mas tamb�m a de 3% para 2013.
Essas estimativas foram um balde de �gua fria para o governo conservador de Mariano Rajoy, que empreendeu medidas de austeridade para economizar 30 bilh�es de euros, conforme acordado com seus s�cios europeus.
Bruxelas decidir� no dia 30 de maio se estabelecer� mais medidas de ajuste a Madri, ou se ao inv�s disso estender� at� 2014 o prazo exigido para cumprir com a meta de d�ficit de 3%.
Contudo, dizem os analistas, � dif�cil imaginar mais medidas de austeridade em um pa�s onde a pr�pria CE prev� uma queda do PIB de 1,8% para este ano e um recuo de 0,3% para 2013, com o desemprego atingindo 25,1% da popula��o economicamente ativa.