
A Pol�cia Federal apreendeu R$ 1 milh�o em dinheiro e tr�s carros, dois deles de luxo, nesta ter�a-feira em Belo Horizonte. O material estava em poder de tr�s doleiros investigados na Opera��o Mercado Paralelo. Pai e filha e um homem que seria o fornecedor do dinheiro s�o acusados de c�mbio ilegal, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas. Ao todo, a PF cumpriu quatro mandados de busca, apreens�o e sequestro de bens e valores expedidos pela 4ª Vara Federal da Se��o Judici�ria de Minas Gerais.
Segundo o titular da Delegacia de Repress�o contra Crimes Financeiros de Belo Horizonte, Renato Sarquis Soares, os doleiros usavam o mecanismo conhecido como “transfer�ncia de cabo” ou “d�lar cabo”. Pelo sistema, o cliente deposita o valor para troca de moedas em contas no nome de laranjas e recebe o montante, j� convertido, em uma conta banc�ria fora do pa�s, sem obedi�ncia �s normas do Banco Central. O dekegado tamb�m informou que o pedido de pris�o tempor�ria dos suspeitos foi negado pela Justi�a. Ainda assim, o policial informou que eles ser�o intimados, interrogados e indiciados.
Segundo as investiga��es, um dos doleiros fazia as transa��es perto de um hotel no Alto da Avenida Afonso Pena, no Bairro Mangabeiras, onde morava em um quarto alugado em nome da filha. O acusado, cujo nome n�o foi divulgado, j� responde a tr�s a��es por crimes contra o sistema financeiro, com uma condena��o, e j� tem duas execu��es fiscais. Al�m dos doleiros, a pol�cia investiga a participa��o de dois empres�rios no esquema.
Para�so fiscal
Segundo o delegado, os suspeitos trabalhariam por atacado e varejo, o que dificulta chegar a uma movimenta��o financeira mensal. Renato Sarquis Soares disse que os investigados abriam contas em nome de outras pessoas, para receber valores pingados dos clientes. Depois de fazer a convers�o para moeda estrangeira, o montante era repassado a contas dos clientes em para�sos fiscais. Para valores menores, o custo do d�lar era um pouco mais alto, de onde sa�a o lucro do suspeito. Os pagamentos de taxas e impostos, como o IOF, n�o eram cobrados, o que tamb�m � ilegal.