A evolu��o dos acontecimentos na Europa e um corte do gasto maior que o previsto nos Estados Unidos preocupam o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), de acordo com informa��es da �ltima reuni�o de seu Comit� de Pol�tica Monet�ria, publicadas nesta quarta-feira.
A situa��o na Europa "continua representando um risco significativo para a atividade aqui e no estrangeiro", assim como a possibilidade de que a pol�tica or�ament�ria nos Estados Unidos seja mais restritiva que o previsto, disse a ata da reuni�o de abril do Comit�.
"A possibilidade de que o or�amento americano seja objeto de restri��es mais fortes que o previsto e que a incerteza relativa � evolu��o da pol�tica or�ament�ria deva gerar cortes nos planos das contrata��es e de investimento" s�o vistos como "riscos" para o crescimento, disse o texto da reuni�o celebrada em 24 e 25 de abril.
O Fed v� um aperto r�pido e acentuado dos gastos do pa�s como um "risco consider�vel" para a economia. V�rios membros do Fed expressaram seus temores de que as incertezas sobre os cortes or�ament�rios poderiam coibir a contrata��o de neg�cios e o crescimento econ�mico.
No final deste ano, se o Congresso n�o agir, os cortes or�ament�rios autom�ticos ser�o de 1,2 trilh�o de d�lares fora os gastos do governo, ao mesmo tempo em que ser�o feitos bilh�es de d�lares em cortes de impostos.
Contudo, eles tamb�m for�ariam uma contra��o s�bita nos gastos do governo, crucial para a economia. Enquanto as autoridades do Fed j� falaram publicamente sobre o problema fiscal, a ata do Comit� Federal de Mercado Aberto de 24 e 25 de abril mostram a profundidade dessa preocupa��o.
"Caso um acordo n�o seja alcan�ado em um plano para o or�amento federal, um aperto fiscal poderia ocorrer no in�cio do 2013," disse a ata. "A incerteza sobre a trajet�ria futura da pol�tica fiscal pode levar as empresas a adiar a contrata��o e investimento", completa o Fed.
Em abril, o presidente do Fed, Ben Bernanke, advertiu o Congresso que o banco central n�o seria capaz de agir como um salvador para a economia, se o Congresso falhar em agir. "O tamanho do penhasco fiscal � tal que n�o h�, penso eu, absolutamente nenhuma chance de que o Federal Reserve tenha capacidade para compensar o efeito sobre a economia", disse ele.