A redu��o dos juros promovida pelo governo foi insuficiente para levar mais cr�dito aos consumidores, disse hoje o presidente da Associa��o Nacional dos Comerciantes de Material de Constru��o (Anamaco), Cl�udio Elias Conz. Segundo ele, o setor continua a sofrer com a retra��o do cr�dito e a queda das taxas ainda n�o foi sentida pelos consumidores por causa da queda no ritmo da concess�o de empr�stimos e financiamentos.
“O problema nem est� tanto nos juros, mas nas restri��es impostas pelos bancos na hora de conceder cr�dito. No ano passado, de cada dez pedidos de cr�dito [para consumidores no varejo], oito eram aprovados. Atualmente, s� dois em cada dez s�o liberados”, criticou.
Conz e outros representantes de setores do varejo participaram de reuni�o com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com a pasta, o encontro teve como objetivo discutir a situa��o do com�rcio e das vendas en um cen�rio de ritmo menor de crescimento da economia.
Apesar das restri��es para o cr�dito, o presidente da Anamaco disse que as vendas devem encerrar o ano com alta de 4% em rela��o a 2011. De acordo com ele, boa parte desse crescimento deve-se � redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais de constru��o, que vale at� 31 de dezembro.
A eleva��o do d�lar, que superou a barreira de R$ 2, foi bem recebida pelas entidades por causa dos efeitos sobre a ind�stria, que ganha mais competitividade para exportar. “Para os fabricantes, a situa��o cambial melhorou significativamente”, disse o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee), Humberto Barbato.
Segundo Barbato, a desacelera��o da economia ainda n�o foi sentida pelo segmento de computadores e celulares. Ele projeta crescimento de 8% no faturamento do setor em rela��o ao ano passado. “O fato de a economia estar crescendo menos ainda n�o interferiu nas nossas expectativas”, declarou.
Presidente da Associa��o Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletr�nicos (Eletros), Lourival Ki�ula diz que as vendas de eletrodom�sticos est�o est�veis em rela��o ao ano passado. “[As vendas] N�o ca�ram nem subiram. Isso pode ser interpretado como bom diante da conjuntura atual”, avaliou. A linha branca – fog�es, geladeiras, tanquinhos e m�quinas de lavar – est� com IPI reduzido at� o fim de junho, mas Ki�ula negou ter pedido a prorroga��o do benef�cio na reuni�o com o ministro.