Bras�lia – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou ontem os representantes do varejo, do com�rcio de materiais de constru��o civil e fabricantes de t�xteis, de eletroeletr�nicos e de eletrodom�sticos para sentir a temperatura da economia e refor�ar o pedido de que eles continuem apostando no Brasil. Na conversa que acabou sendo interrompida por um chamado da presidente Dilma Rousseff, Mantega garantiu que “o governo tem bala na agulha” para adotar medidas que estimulem a economia, informaram os participantes do encontro.
O ministro pediu aos empres�rios que continuem investindo porque o cen�rio do segundo semestre ser� melhor do que o atual. “Ele disse que n�o h� nenhuma dificuldade em utilizar medidas que estimulem o crescimento do emprego e da renda”, afirmou o presidente da Associa��o dos Comerciantes de Material de Constru��o (Anamaco), Cl�udio Elias Conz. O empres�rio disse que sa�a otimista do encontro, que aproveitou para reivindicar para o setor o benef�cio da desonera��o da folha de pagamento previsto na Medida Provis�ria 563, que est� em tramita��o no Congresso.
O executivo estima em 4% o crescimento do setor neste ano, mas reconhece que abril foi um m�s muito ruim. “Maio est� um pouco melhor, mas vamos ver como vai ser junho”. Ele destacou que a isen��o do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que vai at� o fim do ano, tem ajudado nas vendas, mas frisou que um dos maiores problemas do varejo ainda � a falta de financiamento, apesar de os juros estarem em queda. “A concess�o de cr�dito est� cada vez mais dif�cil. Ningu�m est� encontrando essa redu��o de juros l� fora. Pelo contrario, de cada 10 propostas que o varejo analisava, os bancos davam oitos cr�ditos. Hoje, eles concedem dois”, comentou, afirmando que o ministro sinalizou que vai insistir na quest�o do cr�dito.
O presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee), Humberto Barbato, destacou que a valoriza��o do d�lar nos �ltimos dias � positiva para que a ind�stria nacional recupere competitividade no mercado externo. Lourival Ki�ula, da Associa��o Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletr�nicos (Eletros), disse que, no momento, o segmento que precisa de ajuda � o de port�teis, como ferro el�trico e liquidificadores que perdem competitividade com os importados. Ki�ula, relatou ao ministro que abril n�o foi um m�s t�o forte nas vendas, mas maio “est� indo bem”. Disse, ainda, que o d�lar est� ajudando o setor. O empres�rio afirmou ainda que pedir� ao governo, mais para frente, a prorroga��o da redu��o de imposto para a linha branca, prevista para acabar em junho. A medida elevou as vendas desses produtos em quase 20% no primeiro trimestre, de acordo com a Eletros.
D�lar anima
O presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, comemorou o patamar atual da taxa de c�mbio, com o d�lar valendo ao redor de R$ 2,00. Segundo Andrade, o valor d� “competitividade e isonomia” para a ind�stria brasileira em rela��o aos produtos importados. O presidente da CNI disse que o ideal para a ind�stria seria se a taxa de c�mbio estivesse entre R$ 2,40 e R$ 2,60. Ontem, depois de forte oscila��o o d�lar voltou a fechar na casa dos R$ 2. Robson avalia que, de todo o modo, essa cota��o j� � suficiente para que haja uma recupera��o da ind�stria.
BALA NA AGULHA