O euro retomou rapidamente nesta quinta-feira o patamar de US$ 1,27 abandonado mais cedo e esse movimento influenciou os neg�cios com c�mbio dom�stico. Simultaneamente, as bolsas europeias reduziram as perdas iniciais e os �ndices acion�rios nos Estados Unidos abriram com leves altas, em meio � estabilidade dos pedidos semanais de aux�lio-desemprego nos EUA na semana passada. O aparente al�vio, por�m, foi passageiro e as bolsas em Nova York j� voltam a ceder e o euro a perder for�a ante o d�lar, trazendo volatilidade aos mercados no Brasil.
Assim, ap�s abrir em alta de 0,30%, cotado a R$ 2,0070, e de subir at� R$ 2,0080, o d�lar � vista no balc�o virou rapidamente para o campo negativo, caindo abaixo de R$ 2,00, para R$ 1,9950 (-0,30%), na m�nima at� o momento. �S 10h48, o pronto no balc�o recuava 0,05%, a R$ 2,00.
Na BM&F, o d�lar spot tamb�m caiu at� 0,15%, a R$ 1,9962, na m�nima, ap�s abrir na m�xima, de R$ 2,0051, com ganho de 0,30%. O d�lar para junho de 2012, por sua vez, estava �s 10h48 em R$ 2,0055 (-0,07%), ap�s testar piso de R$ 2,0010, com baixa de 0,30%, ante alta at� R$ 2,0140 (+0,35%, na m�xima.
�S 10h35, o euro estava em 1,2706, ap�s tocar m�xima de US$ 1,2751, ante US$ 1,2716 do fim da tarde de quarta-feira. Na m�nima, mais cedo, a moeda �nica bateu em US$ 1,2667, reagindo ao tom pessimista das not�cias sobre a zona do euro, principalmente relacionadas � Espanha.
H� pouco, as bolsas europeias e em Nova York reduziram suas perdas, reagindo aos dados sobre os pedidos semanais de aux�lio-desemprego nos EUA. O n�mero de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de aux�lio-desemprego n�o mudou na semana at� 12 de maio e permaneceu em 370 mil, ap�s ajustes sazonais. Os economistas esperavam queda de 1 mil solicita��es, para 366 mil. O n�mero de solicita��es da semana anterior foi revisado em alta para 370 mil, de 367 mil informados anteriormente.
Contudo, o agravamento das expectativas sobre a situa��o europeia n�o permite a remo��o do clima negativo dos mercados por muito tempo. Isso porque, hoje, a contra��o de 0,3% do PIB da Espanha no primeiro trimestre e de -0,4% em bases anuais e a expectativa de corte de rating de v�rios bancos do pa�s pela ag�ncia Moody's nas pr�ximas horas elevam a avers�o ao risco entre os investidores.
A recess�o na Espanha corrobora o temor de que o pa�s seja o pr�ximo da fila, depois da Gr�cia, a eventualmente sair da zona do euro, caso n�o cumpram seus compromissos de austeridade fiscal. Ap�s deixar na quarta-feira o cargo de primeiro-ministro interino da Gr�cia, Lucas Papademos disse nesta quinta-feira que a sa�da da zona do euro seria um desastre econ�mico e uma derrota estrat�gica para o pa�s. Ele pediu ao povo grego que mantenha o doloroso programa de reformas que seu governo negociou com a Uni�o Europeia e o Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
O agravamento da situa��o europeia tamb�m sugere uma poss�vel nova rodada de afrouxamento monet�rio pelo mundo. A expectativa � de que o Banco Central Europeu poder� cortar os juros, dos atuais 1% para 0,5% em junho; o Banco da Inglaterra poder� retomar o relaxamento quantitativo no segundo semestre; e o Federal Reserve norte-americano tamb�m j� sinalizou que se a situa��o se agravar na Europa, poder� promover um terceiro programa de afrouxamento quantitativo. No Brasil, o mercado tamb�m d� como certa a continuidade da queda da taxa Selic para estimular a atividade econ�mica.
Nesta quinta-feira, o governo espanhol fez um leil�o com resultado dentro do esperado. Foram colocados 2,494 bilh�es de euros em t�tulos, que pagaram juros mais elevados. Ainda assim, depois do leil�o, o custo do seguro da d�vida da Espanha contra default diminuiu, embora a inseguran�a com a possibilidade de ruptura na zona do euro persista.
O spread (pr�mio) dos swaps de default de cr�dito (CDS) de cinco anos do pa�s, que havia subido 3 pontos-base logo ap�s a abertura dos neg�cios na Europa, recuou para 538 pontos-base, operando est�vel em rela��o ao fechamento de ontem, segundo dados da Markit.
Em Madri, o primeiro-ministro Mariano Rajoy anuncia nesta quinta-feira os planos de gastos de seu governo para as regi�es aut�nomas do pa�s. Em Paris, o novo presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, preside a primeira reuni�o de seu governo.
Nos Estados Unidos, o aumento em US$ 1 bilh�o, de US$ 2 bilh�es para US$ 3 bilh�es, das perdas comerciais sofridas pelo JPMorgan Chase, relatada na quarta-feira, pode piorar as posi��es do banco no mercado de cr�dito, adicionando inquieta��o nos mercados.