Bras�lia – Mesmo com o esfor�o que o governo vem fazendo para estimular os neg�cios por meio do aumento do cr�dito, de cortes de impostos e da redu��o das taxas de juros, a economia brasileira mostra sinais de desacelera��o. O �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br), que � visto como uma pr�via do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no pa�s), recuou em mar�o pelo terceiro m�s consecutivo. A queda foi de 0,35% em rela��o a fevereiro, que tamb�m j� tinha registrado retra��o de 0,38% na compara��o com janeiro. No acumulado do primeiro trimestre, o indicador mostrou crescimento de 0,15% sobre o �ltimos tr�s meses de 2011 e de apenas 1,06% quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado.
O resultado do IBC-Br foi uma surpresa negativa para o mercado, que apostava em uma alta de 0,49%. Em relat�rio divulgado ontem, o diretor de Pesquisas e Estudos Econ�micos do Bradesco, Oct�vio de Barros, observou que o �ndice “contraria os sinais mais favor�veis vindos do consumo das fam�lias”, que ainda permanece razoavelmente elevado. O que tem puxado os indicadores para baixo, segundo os economistas, � o desempenho ruim da ind�stria, que dever� mostrar nova contra��o quando o IBGE divulgar o PIB do primeiro trimestre.
Juros e c�mbio na balan�a
O fraco resultado do IBC-Br, ainda segundo Eduardo Velho, aumenta a probabilidade de o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) promover um corte maior do que o esperado na taxa b�sica de juros, a Selic, na pr�xima reuni�o, marcada para o fim deste m�s. “A julgar pela ata passada, vir� mais uma redu��o de 0,5 ponto percentual, mas como a situa��o internacional piorou muito, n�o me surpreenderia que o Copom fosse mais ousado e baixasse a taxa em 0,75ponto percentual”, observou. Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimento � outro que acredita que a varia��o do PIB n�o vai passar de 3% este ano. “E ser� preciso acelerar muito no segundo semestre para chegar a isso”, ponderou.
De acordo com as contas feitas pela Prosper, para que o PIB do ano fique em 3% ser� preciso um aumento m�dio de 1,6% em cada um dos tr�s outros trimestres de 2012. “O problema � que os indicadores antecedentes da atividade econ�mica, tanto de abril quanto de maio, comportam uma expans�o melhor em rela��o ao primeiro trimestre, mas ainda inferior a 1%. Ou seja, isso dificilmente vai acontecer”, avaliou Eduardo Velho.
Esperan�a de reativa��o da ind�stria, o d�lar voltou a subir ontem 1,05% e fechou cotado a R$ 2,02. Em alta, a moeda dos Estados Unidos deve barrar a entrada de importados no pa�s, que j� respondem por 22% da demanda interna, e roubam mercado da ind�stria nacional. (Com Rosana Hessel).