A retirada dos reajustes anuais das tarifas de energia com base nos �ndices de infla��o deve ser feita de forma estruturada ou poder� afetar a situa��o financeira de toda cadeia el�trica, avaliam executivos do setor. A mudan�a � estudada pelo governo como condi��o para a renova��o dos contratos de concess�o das empresas de energia el�trica que vencem em 2015. A ideia seria fazer apenas revis�es tarif�rias a cada cinco anos. "A distribuidora sendo afetada impacta toda a cadeia de energia el�trica", disse o diretor de Finan�as e Rela��es com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, em painel no Rio Investors Day. O executivo disse que, nesse sentido, a desindexa��o isolada das tarifas de energia, n�o acompanhada de desindexa��o dos custos, poderia levar a inadimpl�ncia do setor.
Para Rolla, a mudan�a de regras traz preocupa��o porque pode gerar incerteza em um setor que tem sido considerado defensivo por investidores na estrat�gia de suas carteiras em Bolsa nos �ltimos anos, levando � valoriza��o dessas a��es.
O presidente da AES, Britaldo Soares, lembra que o fluxo de caixa do setor, que ainda tem de fazer investimentos na melhoria do servi�o, � ditado pelas distribuidoras; por isso � preciso tratar a desindexa��o com metodologia e de forma estruturada.
O alto n�vel de financiamentos contratados pelo setor tamb�m deve pesar, diz o presidente da CPFL, Wilson Ferreira. Segundo ele, esses financiamentos, hoje, s�o indexados, o que pode levar problemas ao setor. O executivo diz que a participa��o das distribuidoras na composi��o da tarifa � de cerca de 20% atualmente, ante 50% dos impostos.