Os agentes do mercado de c�mbio local come�am a semana atentos ao cen�rio externo e aos pr�ximos passos do Banco Central, ap�s a venda de moeda no mercado futuro na sexta-feira pela primeira vez desde outubro de 2011.
A declara��o dos pa�ses do G-8 no fim de semana de que querem que a Gr�cia permane�a na zona do euro e coment�rios do primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, de que o pa�s deve adotar uma pol�tica fiscal "pr�-ativa" em conjunto com uma pol�tica monet�ria "prudente" a fim de evitar r�pida desacelera��o da economia sustentam um tom relativamente positivo nos mercados. O d�lar est� operando com leves altas no mercado de moedas no exterior.
Aqui, a moeda norte-americana abriu em alta no mercado � vista, testou rapidamente leve queda e retomou os ganhos em seguida. �S 10h22, o d�lar no balc�o estava na m�xima, de R$ 2,035, com alta de 0,74%; enquanto na BM&F o d�lar spot subia 0,62%, a R$ 2,0325. No mercado futuro da BM&F, o d�lar para junho de 2012 abriu em queda, cotado a R$ 2,0235 (-0,17%) e, at� 10h18, havia oscilado entre m�xima de R$ 2,0395 (+0,62%) e m�nima de R$ 2,0235 (-0,17%).
O impacto da desacelera��o da economia chinesa sobre as exporta��es e o fluxo comercial brasileiro deve ser avaliado pelos agentes financeiros locais. Do mesmo modo que os problemas pol�ticos, fiscais e no setor banc�rio na zona do euro continuar�o guiando as decis�es de neg�cios. Na Europa, a reuni�o entre os ministros das finan�as da Alemanha e da Fran�a, previsto para ocorrer na v�spera da reuni�o informal da UE, nesta quarta-feira, ajuda a amparar certo otimismo nos mercados. Por�m, as incertezas at� as elei��es na Gr�cia, em 17 de junho, devem ainda pesar na forma��o de pre�o do d�lar no curto prazo.
No exterior, o d�lar sustenta-se desde cedo com leve alta em rela��o ao euro e algumas moedas de pa�ses emergentes. �s 10h18, o euro ca�a a US$ 1,2735, ante US$ 1,2783 no fim da tarde de sexta-feira. J� o d�lar subia 0,27% ante o d�lar australiano, avan�ava 0,15% em rela��o ao d�lar canadense; e ganhava 0,04% em compara��o com o d�lar neozeland�s. A rupia indiana, por sua vez, caiu para uma nova m�nima recorde diante do d�lar pela quarta sess�o consecutiva, em parte pelas compras de importadores de petr�leo para se proteger de futuras quedas da moeda local. O d�lar superou a m�xima anterior de 54,90 rupias e alcan�ou 54,94 rupias no fim da sess�o indiana, antes de desacelerar para 54,42 rupias.
Nos neg�cios dom�sticos, a perspectiva � de que, se a moeda norte-americana persistir no campo positivo e for muito al�m dos R$ 2,00, o Banco Central poder� atuar no mercado novamente, na venda. O economista de um banco disse que n�o se espera agora eventual leil�o de venda de d�lar no mercado � vista, mas sim uma antecipa��o de venda relativa ao pr�ximo vencimento de swap cambial reverso, de quase US$ 1,6 bilh�o em 1º de julho. A exemplo do que fez na sexta-feira, o BC poder� antecipar essa venda no mercado futuro num momento de maior volatilidade, disse o economista Darwin Dib, da CM Capital Markets.
Na sexta-feira, depois que a taxa Ptax fechou em R$ 2,0095 pela primeira vez desde 10 de julho de 2009, quanto terminou em R$ 2,0147, a autoridade monet�ria vendeu US$ 654,3 milh�es em contratos de swap cambial com vencimento em 1º de junho de 2012. Com a forte demanda, o BC definiu taxas negativas: nominal de 22,1492 e linear, de 21,271. Com isso, a cota��o m�nima dos contratos ficou superior a 100 e alcan�ou 100,654200. A venda desse lote destinou-se a anular o vencimento de swaps cambiais reversos do pr�ximo dia 1º de junho.
Como esses contratos de swap cambial ser�o liquidados nesta segunda-feira, com base na taxa Ptax de sexta-feira (R$ 2,0095), n�o se espera influ�ncia direta dessa opera��o sobre a forma��o de pre�o, afirmou um operador de tesouraria de um banco. Ele diz, no entanto, que o mercado ficar� sens�vel � possibilidade de uma nova atua��o da autoridade monet�ria, dependendo do comportamento do real.
"A forte demanda por d�lar na sexta-feira se amparou em um movimento especulativo de mercado, que teve o objetivo de avaliar o n�vel de pre�o da moeda em que o BC atuaria", disse um operador de um banco. Segundo ele, essa atua��o visou dar liquidez a quem precisava e a evitar que a brusca volatilidade da moeda se repita. Na sexta-feira, o d�lar � vista oscilou 3,06%, entre uma m�nima de R$ 1,996 e m�xima de R$ 2,057 no mercado � vista de balc�o. O giro total � vista (Balc�o e pronto BM&F) somou US$ 1,980 bilh�o, enquanto no mercado futuro de d�lar foram negociados seis vencimentos, num total de US$ 29,151 bilh�es.