O ministro da Secretaria de Avia��o Civil, Wagner Bittencourt, n�o descarta a possibilidade de alguma mudan�a no leil�o de aeroportos. "Claro que o modelo pode ser de um jeito, outros podem ser de outro. Aperfei�oamentos podem ser feitos, depende da caracter�stica do leil�o", comentou Bittencourt durante o 7º Encontro de Log�stica e Transportes da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
Ele ressaltou que o modelo tra�ado para o leil�o de aeroportos foi desenvolvido dentro do governo e com a colabora��o de representantes de diversos segmentos da sociedade, e acrescentou: "n�o podemos olhar somente um dos lados ou n�o conseguimos atender todas as necessidades".
Ap�s ouvir a cr�tica de representantes da Fiesp sobre o atual modelo do leil�o dos aeroportos, em que a disputa pelos empreendimentos � feita pelo maior valor ofertado pela outorga, Bittencourt ressaltou a necessidade de desenvolvimento da parceria entre o setor p�blico e o privado.
O ministro defende o aprimoramento da regula��o do setor. "Para que o setor como um todo possa fluir � importante que a regula��o seja aperfei�oada", disse.
Existem hoje no Brasil 129 aeroportos que recebem voos regulares de companhias a�reas e atendem 79% da popula��o brasileira e a meta de longo prazo do governo � alcan�ar o atendimento de 94%, o que exigiria que o Pa�s tivesse "duas centenas" de aeroportos. "Existem empreendimentos que s�o poss�veis e desejados de serem desenvolvidos pelo setor privado, em detrimento do setor p�blico mas h� investimentos em que se o setor p�blico n�o participar obviamente a matriz log�stica de todos os modais n�o ser� eficiente", afirmou.
Bittencourt comentou que, dos 129 aeroportos com voos regulares, alguns s�o troncais e devem atrair investimento privado, mas outros n�o teriam viabilidade econ�mico-financeira para sustentar o investimento e seu pr�prio custeio.
O diretor do departamento de Infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, criticou o "�mpeto arrecadat�rio compulsivo dos governos, que recai nas costas do cidad�o e inibe a competitividade do setor produtivo" e defendeu os leil�es pelo modelo da menor tarifa, realizados pelos setores de energia e de rodovias. "O leil�o oneroso repassa �gio �s tarifas, privilegia apenas a arrecada��o do Estado e aumenta o custo de produ��o do Pa�s", afirmou.
Para Bittencourt, n�o haver� aumento das tarifas de transporte a�reo, mas, ao contr�rio, o aumento da competi��o entre as companhias a�reas e os pr�prios aeroportos, principalmente os grandes, deve permitir a redu��o dos pre�os em fun��o da receita que v�o obter. "(Isso) vai permitir uma competi��o saud�vel entre os aeroportos e entre as companhias a�reas, que leve � redu��o das passagens a�reas e at� talvez das tarifas dos aeroportos", concluiu.