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Estado de Minas

Alemanha e Fran�a far�o esfor�os para manter Gr�cia no euro


postado em 21/05/2012 16:14

Os ministros de Finan�as de Alemanha, Wolfgang Sch?uble, e Fran�a, Pierra Moscovici, disseram nesta segunda-feira em entrevista coletiva conjunta que ambas as na��es n�o medir�o esfor�os para manter a Gr�cia no euro e tamb�m apontaram seus pontos de vista sobre as solu��es para a crise europeia. "N�s concordamos em fazer todo o esfor�o poss�vel nesse sentido", disse Sch?uble aos rep�rteres.

O ministro franc�s, por sua vez, disse que tanto ele quanto Sch?uble concordam que a Gr�cia possui seu lugar na zona do euro, mas Atenas deve respeitar seus compromissos. "A Europa precisa enviar sinais claros de refor�o aos investimentos e ao crescimento na Gr�cia, em um momento no qual o pa�s vive uma forte recess�o", disse o ministro franc�s em sua primeira visita � Berlim como ministro de Finan�as do governo socialista de Fran�ois Hollande.

Para Sch?uble, a elei��es legislativas gregas de 17 de junho precisam legitimar um governo funcional. Apesar das declara��es de apoio dos ministros, o caos pol�tico grego tem alimentado fortemente a perspectiva de sa�da do pa�s do euro.

Para ilustrar o teor das preocupa��es pol�ticas com rela��o � Gr�cia, de Paris, o l�der da esquerda radical grega, Alexis Tsipras (apontado como prov�vel vencedor nas elei��es legislativas de 17 de junho), disse que o memorando (plano de austeridade imposto pela UE e pelo FMI � Gr�cia em troca de assist�ncia financeira) n�o ser� negociado, "porque o inferno n�o se negocia".

A Gr�cia, no entanto, n�o � o �nico pa�s no qual tem ganhado espa�o o voto contr�rio �s medidas de austeridade. Nas elei��es municipais celebradas no domingo e na segunda-feira na It�lia, houve uma absten��o massiva, e um voto crescente a favor de um movimento hostil � "partidocracia", que governar� a cidade de Parma.

Ante este clamor por mudan�as e com a campanha do presidente socialista franc�s a favor do crescimento econ�mico, a Alemanha parece cada vez mais isolada em sua defesa ferrenha � austeridade como rem�dio para a crise da d�vida na Europa.

Contudo, Moscovici e Sch?uble quiseram transmitir uma imagem de unidade dois dias antes de uma reuni�o de chefes de Estado e da Uni�o Europeia prevista em Bruxelas. Em um sinal a Berlim, o ministro franc�s afirmou que "ser�o respeitados os compromissos adotados pelo presidente Fran�ois Hollande durante sua campanha em mat�ria de finan�as p�blicas".

Isso sim, repetiu ele em Paris, "colocar� sobre a mesa" todas as solu��es poss�veis para estimular o crescimento na zona do euro, dando a entender que entre estas medidas est�o os eurob�nus, obriga��es comuns europeias rejeitadas por Berlim.

Segundo o ministro Moscovici, os eurob�nus s�o uma ideia forte para a Fran�a. Ao mesmo tempo, no entanto, o porta-voz da chanceler alem�, Angela Merkel, Georg Streiter, afirmou nesta segunda-feira que, "para a Alemanha, as obriga��es europeias comuns n�o s�o uma solu��o".

A primeira economia europeia, que continua crescendo apesar da crise da zona do euro e das dificuldades de seus vizinhos e s�cios, considera que as taxas de juros muito baixas atrav�s das quais o pa�s financia sua d�vida s�o fruto de seu controle or�ament�rio e n�o disp�e a dividir os ganhos de sua economia com outras na��es que n�o apresentarem os mesmo n�veis de sacrif�cio.

Tanto Sch?uble quanto Moscovici se mostraram evasivos sobre um tema delicado: a poss�vel nomea��o de Sch?uble � frente do grupo de ministros de Finan�as da Eurozona, o Eurogrupo. Segundo uma fonte diplom�tica francesa consultada pela AFP, Paris considera "inc�modo que uma das maiores economias da zona do euro presida o Eurogrupo".

Outro ponto de diverg�ncia europeu tem sido quanto � capacidade de recupera��o da Espanha, cuja economia voltar� a contrair-se no segundo trimestre deste ano, ou de seus bancos. Nesta segunda-feira, Sch?uble se mostrou convencido de que Madri tomar� as decis�es necess�rias.

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, afirmou que a Espanha n�o precisar� de nenhum tipo de ajuda externa para recapitalizar seus bancos, derrubados pelo estouro da bolha imobili�ria. Contudo, o presidente franc�s, que receber� na quarta-feira o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, defendeu a ativa��o dos "mecanismos de solidariedade europeia" para os bancos espanh�is. At� agora, Berlim foi contr�rio a que os fundos de ajuda europeus - o FEEF e seu sucessor, o MEE -, pudessem ajudar diretamente aos bancos.


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