O presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo, Paulo Skaf, criticou o governo na segunda-feira ao falar de redu��o de impostos sobre a tarifa de energia, no momento em que se discute o fim de concess�es de ativos do setor. "O que me parece � que o governo est� desviando a aten��o", disse Skaf, durante discurso no 7º encontro de log�stica e transportes que a Fiesp realiza at� amanh� em S�o Paulo.
Segundo Skaf, somente o fim das concess�es deveria permitir uma redu��o de aproximadamente 20% na tarifa de energia, uma vez que 22% das usinas de gera��o, 80% dos ativos de transmiss�o e 40% dos ativos de distribui��o est�o com contratos para vencer. "Falar de redu��o de impostos � bom, defendemos isso h� muito tempo, mas neste caso a queda na tarifa deve ser de 30%."
Recentemente, o diretor da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Nelson Hubner, contou a jornalistas que a autarquia havia feito estudos que indicaram que a tarifa aos consumidores poderia cair entre 8% e 12% com o fim das concess�es, dependendo das regras que ser�o definidas e que podem incluir a diminui��o de encargos setoriais.
Al�m disso, o governo defendeu, em reuni�o realizada no m�s passado com representantes dos governos estaduais, a redu��o do ICMS que incide na tarifa de energia, como alternativa para reduzir o custo final da energia. Skaf salientou que essa � uma decis�o dos Estados, e por isso criticou a discuss�o do tema em meio ao debate sobre as concess�es.
A Fiesp defende uma nova licita��o das concess�es que est�o para vencer. O governo, contudo, nada anunciou oficialmente: se far� uma nova licita��o ou se optar� pela renova��o. Agentes do setor e observadores acreditam que a tend�ncia � pela segunda op��o.
O setor industrial afirma que o alto custo da energia no Brasil tem feito a produ��o nacional perder competitividade, especialmente segmentos eletrointensivos, como a cadeia do alum�nio.