Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o agravamento da crise internacional exige "refor�os redobrados" do governo para manter a taxa de crescimento da economia brasileira em um patamar razo�vel. Ele admitiu que, se o problema da Gr�cia n�o for resolvido, dificilmente o Brasil conseguir� crescer 4,5% neste ano.
"N�o digo 4,5%. Ser� menor, mas maior que os 2,7% do ano passado", declarou o ministro, durante an�ncio nesta segunda-feira de medidas de incentivo para o setor automotivo e de bens de capital, no audit�rio do Minist�rio da Fazenda, em Bras�lia.
O ministro ressaltou que o Brasil tem condi��es melhores para reagir � crise em compara��o com outros pa�ses, pois possui um mercado interno din�mico. "Temos como compensar uma eventual escassez do cr�dito, exporta��es, temos reservas e condi��es fiscais s�lidas", afirmou.
"Portanto, podemos graduar medidas, dependendo das necessidades. Podemos garantir que a economia brasileira vai acelerar no segundo semestre, em torno de 4,5% a 5%. Quanto � m�dia anual, n�o sei dizer. Vamos aguardar a economia internacional."
Mantega disse que as medidas anunciadas n�o est�o sujeitas a compensa��es or�ament�rias, pois os tributos reduzidos t�m car�ter regulat�rio e n�o necessitam de compensa��o.
Sem contradi��es
Segundo Mantega, n�o h� contradi��o na redu��o de IPI para autom�veis, divulgada no in�cio desta noite pelo governo, e o aumento de 30 pontos porcentuais para as montadoras que n�o utilizam 60% de conte�do nacional. "Os que n�o cumprem esses crit�rios continuam pagando os 30 pontos. N�o tem contradi��o."
Na avalia��o dele, o aumento de IPI para conter importados est� fazendo efeito. "A importa��o de autom�vel j� est� caindo no Brasil", informou sem citar n�meros. Apesar dessa restri��o, o ministro acredita que as montadoras continuar�o se instalando no Brasil.