A participa��o das mulheres nos postos de trabalho na Am�rica Latina e no Caribe cresceu nos �ltimos vinte anos (entre 1991 e 2011), segundo dados da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT). Nesse per�odo, a diferen�a entre os g�neros no mercado teve redu��o de 4%.
Em 1991, 71,3% dos empregos na regi�o eram ocupados por homens e 39,6% por mulheres. Em 2011, o percentual de mulheres cresceu para 42,7%. Ainda assim, o g�nero feminino continua sendo minoria no mercado de trabalho.
A coordenadora da �rea de Direitos Econ�micos da Entidade das Na��es Unidas para a Igualdade de G�nero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Ana Carolina Querino, disse � Ag�ncia Brasil que o equil�brio entre as tarefas dom�sticas e a vida profissional ainda � um fator que dificulta a inser��o das mulheres no mercado de trabalho.
“N�s ainda vivemos em um contexto onde a cultura refor�a a divis�o sexual do trabalho: as mulheres ainda est�o associadas �s tarefas de reprodu��o e cuidado. A fase da vida tamb�m pode atuar como um fator de dificuldade de acesso das mulheres ao mercado de trabalho: mulheres em idade f�rtil e com filhos pequenos s�o consideradas menos competitivas”, explicou a coordenadora da ONU Mulheres.
Para Ana Carolina, a dificuldade de superar a lacuna de g�nero no mercado tem como consequ�ncia o n�o aproveitamento pleno da for�a de trabalho dispon�vel, o que diminui a capacidade de gera��o de riqueza na economia do pa�s.
“Apesar dos avan�os, ainda � necess�rio o estabelecimento de pol�ticas p�blicas que facilitem a inser��o da mulher no mercado, tais como creches e lavanderias p�blicas. Mas o desenho e a implementa��o eficaz de pol�ticas que visem � concilia��o entre trabalho e fam�lia sozinho n�o resolver� o problema. Ele deve vir acompanhado de uma mudan�a cultural, onde os homens exer�am cada vez mais os pap�is de cuidado que hoje em dia s�o quase exclusivamente associados �s mulheres”.