A Alemanha rejeitou tacitamente nesta quinta-feira a cria��o dos eurob�nus como instrumento de reativa��o do crescimento, uma medida estimulada pela Fran�a e que tem ganhado adeptos na Europa - regi�o em busca de solu��es para uma desgastante crise, cujos holofotes est�o sobre Gr�cia e Espanha.
"A crise n�o ser� resolvida com um rem�dio milagroso, mas sim com o resultado de um trabalho duro, baseado no rigor or�ament�rio e em reformas estruturais", disse a chanceler alem�, Angela Merkel, nesta quinta-feira em Berlim, um dia depois da reuni�o de dirigentes da Uni�o Europeia (UE), na qual o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, apresentou os eurob�nus como uma de suas principais armas de combate � crise.
Para a Alemanha, os eurob�nus, uma emiss�o conjunta de d�vida dos pa�ses da Eurozona, "recompensaria os pa�ses menos disciplinados e castigaria os bons alunos", que atualmente obt�m financiamentos m�nimos nos mercados.
"N�o faz sentido o uso de instrumentos aparentemente solid�rios, mas que na verdade apenas agravam a crise", disse a chanceler alem�.
O novo presidente franc�s, no entanto, pediu a seus s�cios que a "perspectiva" dos eurob�nus fique gravada na agenda da pr�xima reuni�o de dirigentes de 28 e 29 de junho.
Segundo uma fonte europeia, Fran�a e Alemanha estabeleceram na quarta-feira as bases de sua rela��o, que consistir� em um jogo de interesses. "Caso Hollande coopere com os esfor�os de Merkel para obter uma ratifica��o r�pida na Uni�o Europeia (UE) ao pacto de disciplina or�ament�ria, a l�der alem� acabar� cedendo".
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou que a proposta voltar� a ser debatida em junho. "Os eurob�nus formam parte de um plano de longo prazo que se iniciar� na pr�xima reuni�o para fortalecer a uni�o monet�ria".
Al�m de discutir sobre os eurob�nus, os l�deres da Uni�o Europeia reunidos em Bruxelas afirmaram na quarta-feira que desejam que a Gr�cia, foco da crise juntamente da Espanha, continue na zona do euro, mas advertiram que Atenas deve cumprir seus compromissos com o bloco.
"Queremos a Gr�cia na zona do euro, mas (o pa�s) deve respeitar seus compromissos", disse Van Rompuy, ao fim da c�pula de l�deres das 27 na��es. O presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso, destacou que "apoia a Gr�cia, mas Atenas tem que cumprir" com suas obriga��es.
As declara��es ocorrem ap�s os pa�ses da zona do euro decidirem em Bruxelas preparar "um plano de conting�ncia" para o caso da sa�da da Gr�cia do grupo.
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