O n�vel de risco soberano da Espanha disparou para um n�vel recorde na a era do euro nesta ter�a-feira, com Madri anunciando a emiss�o de novos t�tulos para financiar a d�vida que atingiu as regi�es aut�nomas e com os bancos se esfor�ando para limpar empr�stimos t�xicos.
O pr�mio da d�vida - o retorno extra que os investidores exigem para comprar t�tulos espanh�is em detrimento dos t�tulos alem�es, mais seguros - saltou para o recorde da era euro de 5,16 pontos percentuais.
Os mercados fraquejaram ante preocupa��es sobre o n�vel da d�vida em poderosos governos regionais e em sinal de um sistema banc�rio sob estresse, for�ado a obedecer a duras novas reformas.
O governo espanhol disse que iria aprovar na sexta-feira a quest�o dos b�nus conjuntos - os "hispanob�nus" - por parte dos 17 governos regionais, de modo a tornar mais barato para eles o financiamento de suas d�vidas.
O objetivo � reduzir a press�o sobre as regi�es, que � frequentemente maior que a press�o sobre o Estado de uma maneira geral, com algumas regi�es n�o sendo capazes de contrair empr�stimos no mercado", disse um porta-voz do Minist�rio da Economia.
Os 17 governos regionais da Espanha t�m sofrido uma queda das receitas fiscais e um aumento da d�vida desde o colapso imobili�rio de 2008 e est�o lutando para pagar fornecedores.
A Moody's Investors Service alertou na semana passada sobre os desafios do d�ficit no pa�s, ao mesmo tempo em que a ag�ncia rebaixou a nota de cr�dito para a Catalunha e outras tr�s regi�es: M�rcia, Andaluzia e Estremadura.
O presidente da Catalunha, Artur Mas, pediu na sexta-feira que o governo central aprovasse o uso dos hispanob�nus, que seriam emitidos para todas as regi�es e garantidos pelo Estado.
Apenas a Catalunha soma d�ficit de pagamentos, incluindo custos de refinanciamento, da ordem de 13,48 bilh�es de euros (17 bilh�es de d�lares) em 2012. Os investidores tamb�m t�m demonstrado profundas preocupa��es quanto aos esfor�os dos bancos em dificuldades para fortalecer seus balan�os.
O governo este m�s instruiu os bancos a reservar um extra de 30 bilh�es de euros em 2012 para o caso de problemas com os bens relacionados a empr�stimos, al�m dos 53,8 bilh�es de euros exigidos para reformas decretado em fevereiro.
Tr�s caixas de poupan�a espanholas - Ibercaja, Liberbank e Caja3 - anunciaram que votariam uma fus�o no final do dia. Outro credor, o Banco Popular, cuja d�vida de longo prazo foi rebaixada pela Standard and Poor's na sexta-feira para o n�vel de "junk bonds" (b�nus lixo), disse que estava tentando vender seu internet banking para obter capital.
Os investidores expressaram preocupa��es depois que o governo conservador do primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que estava considerando usar a capta��o obtida atrav�s da emiss�o de d�vida soberana para injetar capital diretamente no Bankia, que foi recentemente nacionalizado.
O Bankia pediu na sexta-feira que o Estado injetasse 19 bilh�es de euros para ajudar a institui��o a cumprir as regras mais rigorosas de capital, al�m dos 4,465 bilh�es de euros investidos pelo Estado no in�cio deste m�s.
A imprensa espanhola disse que outros bancos problem�ticos poderiam precisar de outros 30 bilh�es de euros. Proporcionando um cen�rio sombrio, o Banco da Espanha emitiu um relat�rio prevendo que a recess�o da Espanha, que come�ou no �ltimo trimestre de 2011, continuar� pelo menos at� o meio de 2012.
Os dados oficiais tamb�m mostraram que as vendas no varejo despencaram 9,8% em abril, a maior queda mensal desde que a s�rie estat�stica come�ou em 2003. Apesar da crise, o governo da Espanha disse que est� determinado a avan�ar com o programa de austeridade e reduzir o d�ficit para 3,0% em 2013, contra 8,9% no ano passado.
Contudo, "os recentes dados fiscais sugerem que a Gr�cia e a Espanha ter�o dificuldades em atingir suas previs�es de d�ficit j� em 2012, se n�o implementarem medidas extras de austeridade", disse um relat�rio da Capital Economics.