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Estado de Minas

Mercedes suspende contrato de 1,5 mil empregados


postado em 29/05/2012 18:25

A Mercedes-Benz e o Sindicato dos Metal�rgicos do ABC assinaram nesta ter�a-feira um acordo para suspens�o tempor�ria do contrato de trabalho de 1.500 empregados da unidade produtora de caminh�es da companhia em S�o Bernardo do Campo. A medida, que ocorre ap�s a queda de at� 30% na produ��o de caminh�es, durar� at� cinco meses e ser� de 18 de junho a 11 de novembro.

Durante esse per�odo, os metal�rgicos receber�o uma bolsa mensal do fundo de amparo ao trabalhador (FAT) de R$ 1.163 para frequentar um curso de qualifica��o profissional do Senai, de 300 horas. O acordo prev� que a companhia complemente essa bolsa at� o limite m�ximo do sal�rio l�quido de cada um dos trabalhadores, que varia de R$ 2.800 a R$ 2.900 em m�dia.

O total de trabalhadores que ter�o contratos suspensos corresponde a 12,5% dos 12 mil que a companhia emprega na unidade do ABC e 10,7% dos 14 mil que tem em todo o Brasil, incluindo as f�bricas de Campinas (SP) e de Juiz de Fora (MG).

A medida, conhecida como lay-off, est� prevista no artigo 476 da Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT). Durante o per�odo em que n�o estiverem trabalhando, a Mercedes deixar� de recolher o INSS e o Fundo de Garantia dos trabalhadores, mas o per�odo continuar� sendo computado para o pagamento de 13º sal�rio, das f�rias, da PLR, e os trabalhadores receber�o assist�ncia m�dica da empresa.

Do total de 1.500 trabalhadores que ser�o afetados pela medida, 500 s�o tempor�rios, que tiveram prorrogados os contratos que vencem nos pr�ximos meses, a partir de maio.

De acordo com Fernando Fontes Garcia, vice-presidente de recursos humanos da Mercedes-Benz do Brasil, a suspens�o dos contratos deve ser suficiente para evitar poss�veis demiss�es e a companhia aposta na retomada do ritmo de produ��o no segundo semestre. "Al�m da preocupa��o social, h� ainda a preocupa��o da companhia de perder pessoas com forma��o qualificada, o que n�o � bom."

Ainda de acordo com o executivo, nas outras duas unidades da Mercedes n�o est�o sendo avaliadas a ado��o de medidas semelhantes, pelo n�mero bem menor de funcion�rios. Em Juiz de For, no entanto, foram concedidas, 10 dias de f�rias coletivas em abril e mais cinco dias de folga na semana passada. J� na unidade de Campinas, n�o houve paralisa��o na produ��o ainda neste ano.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, S�rgio Nobre, o acordo firmado com a Mercedes protege emprego e d� tranquilidade aos metal�rgicos. Segundo ele, a �ltima vez que um acordo semelhante ocorreu foi em 1999, com a Ford, mas � �poca os empregados tiveram os contratos suspensos e ficaram quase dois anos sem trabalhar.

A queda na produ��o e vendas de caminh�es ocorre, segundo a empresa e os sindicalistas, pela mudan�a nas regras de emiss�es do Euro 3 para o Euro 5, entre 2011 e 2012, que gerou uma forte antecipa��o nas compras de ve�culos no final do ano passado. Os pre�os dos caminh�es sob as novas regras de emiss�es subiu 15%. Al�m disso, houve um aumento no pre�o do diesel para seguir os novos padr�es, e ainda houve uma queda na demanda de caminh�es devido a safra de gr�os que ficou est�vel no Pa�s.

Al�m da Mercedes, a Volkswagen, a Scania e a Ford j� anunciaram acordos para reduzir a produ��o e evitar demiss�es nas unidades produtoras de caminh�es. A Volkswagen suspendeu a produ��o por nove dias desde o in�cio do ano, a Scania criou um banco de horas para paralisar a linha de produ��o em 20 dias at� o final do ano e a Ford prev� a suspens�o da produ��o em 40 dias em 2012. Em abril, a Ford deu f�rias coletivas de dez dias.


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