O �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) mensal bateu no teto em maio e deve apresentar varia��es menores nos meses seguintes. De acordo com o coordenador de An�lises Econ�micas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Salom�o Quadros, apesar de a alta do d�lar pressionar a infla��o os pre�os das commodities est�o em queda por causa da baixa demanda provocada pela crise internacional e isso deve desacelerar o IGP-M.
No acumulado em 12 meses, o �ndice tende a avan�ar em junho e julho. O crescimento deve-se � base de compara��o mais fraca, j� que, nos mesmos meses de 2011, o �ndice apresentou defla��o. "A piora no cen�rio internacional pressiona pela derrubada dos pre�os das commodities, o que deve equilibrar o efeito do c�mbio nas pr�ximas medi��es", disse Quadros nesta quarta-feira em S�o Paulo. "A tend�ncia dos pr�ximos dois meses � de alta no IGP-M anualizado, com desacelera��o na compara��o mensal", disse Salom�o, lembrando que para junho e julho o fechamento na s�rie do acumulado de 12 meses vai tirar do c�lculo do IGP-M as defla��es registradas nesses dois meses de 2011, que foram de -0 18%, em junho, e -0,12%, em julho.
Sobre o d�lar, Quadros disse que a moeda americana teve uma influ�ncia de quase 50% no aumento do �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) de maio, que apresentou alta de 1,17%, ap�s subir 0,97% em abril. De acordo com o economista, esse efeito do c�mbio ser� atenuado nos pr�ximos meses com o movimento de queda nos pre�os das commodities.
Na medi��o de maio, no entanto, o indicador ainda n�o captou essa compensa��o. O complexo soja (gr�o, �leo e farelo) teve as maiores influ�ncias para a acelera��o do IGP-M de maio. Mas, para Quadros, esse aumento � explicado mais pela quebra de safras da commodity neste ano do que pelo c�mbio. "Este ano houve um choque de oferta de soja muito forte, que vem afetando o �ndice ainda", disse.
Quadros explicou que, a despeito de o pre�o do barril de petr�leo no mercado internacional estar em queda, o repasse de pre�o demora para chegar ao IGP-M. "Apesar de o petr�leo estar caindo, o produto derivado n�o tem acompanhado esse movimento de maneira r�pida", afirmou. "Neste m�s ainda temos aumento de pre�os nos produtos derivados de petr�leo", concluiu.
O economista deu o exemplo de produtos qu�micos org�nicos (ind�stria qu�mica e petroqu�mica), cujos pre�os subiram 4,34% em maio ante alta de 2,37% em abril. Para ele, esse � um setor que vai contribuir para a desacelera��o do IGP-M nos pr�ximos meses. "As pr�ximas edi��es v�o captar os efeitos da queda do pre�o do barril de petr�leo no mercado internacional", disse.