As medidas tomadas pelo governo no fim de 2011 para reaquecer o consumo de eletrodom�sticos da linha branca surtiram efeito na produ��o do setor. Ainda n�o � poss�vel, no entanto, afirmar que ser�o eficazes tamb�m no setor industrial automotivo, disse Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou uma redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis, al�m de ter tomado medidas para expandir a concess�o de cr�dito voltado � compra de ve�culos. Uma tentativa de estimular a retomada da produ��o e evitar demiss�es nas montadoras.
"No caso das medidas para o setor de autom�veis, temos de esperar os pr�ximos resultados da pesquisa (Pesquisa Industrial Mensal). As medidas adotadas em outros per�odos foram saud�veis para a produ��o, mas tem de conjugar com outros aspectos para ver se podem ter o mesmo efeito agora", ponderou Macedo.
O coordenador do IBGE citou o problema de estoques em patamares altos e o aumento da inadimpl�ncia entre consumidores. "A inadimpl�ncia � um fator a ser considerado para ver o impacto que essas medidas v�o ter dentro desse grupamento industrial", apontou.
Enquanto a produ��o de autom�veis recuou 14,9% no primeiro quadrimestre de 2012, a fabrica��o de eletrodom�sticos da linha branca, que inclui fog�es, refrigeradores e m�quinas de lavar roupa, avan�ou 9,0% no per�odo.
"Na linha branca, a partir do momento em que foram tomadas as medidas de est�mulo, a produ��o se recupera. Na compara��o com o �ltimo quadrimestre de 2011 (quando a linha branca tinha acumulado queda de 0,3%), h� claramente um reflexo positivo da redu��o de IPI", disse Macedo.
O setor de mobili�rio, tamb�m beneficiado pela redu��o de IPI, acumulou alta de 12,3% na produ��o de janeiro a abril, mas o pesquisador do IBGE ainda acha prematuro atribuir o avan�o � medida de est�mulo.