O aumento da taxa de desemprego dos Estados Unidos anunciado nesta sexta-feira � um importante rev�s para o presidente Barack Obama, que tenta convencer os eleitores de que deve continuar � frente dos Estados Unidos.
Apenas 69.000 empregos criados em maio e uma taxa de desemprego que atinge 8,2% da popula��o economicamente ativa, uma alta de 0,1%: um verdadeiro banho de �gua fria para o l�der democrata, a cinco meses da elei��o presidencial.
O republicano Mitt Romney, que disputar� a Casa Branca com Obama no dia 6 de novembro, caracterizou imediatamente o an�ncio do minist�rio do Trabalho como "uma not�cia devastadora para trabalhadores e fam�lias americanas".
Para o candidato, est� "claro para todos que as pol�ticas de Obama n�o alcan�aram os seus objetivos e que a economia esmaga a classe m�dia". "N�s podemos fazer muito melhor na Am�rica, e � por isso que eu estou concorrendo � presid�ncia", declarou. Obama � esperado em Minneapolis (Minnesota, norte) para uma visita, durante a qual deve comentar estes resultados �s 17h10 GMT (14h10 no hor�rio de Bras�lia).
Mas, por hora, a Casa Branca n�o parece disposta a mudar de rumo. O chefe do c�rculo de conselheiros econ�micos de Obama afirmou que estes n�meros mostram que � "crucial continuar com as pol�ticas econ�micas do presidente que ajudar�o a nos tirar do buraco profundo causado pela recess�o" de 2007-2009.
"Ainda h� muito a fazer para reparar os danos causados pela crise financeira e pela profunda recess�o que come�ou no final de 2007", observou Alan Krueger em um comunicado. "Como no ano passado na mesma �poca, nossa economia enfrenta ventos contr�rios, entre eles a crise na Europa e a alta dos pre�os do combust�vel, que afetaram as finan�as dos Estados Unidos nos �ltimos meses", explicou.
Em 2010 e 2011, a economia americana estagnou na primavera e s� voltou a crescer no final do outono. As pesquisas mostram que o n�vel de confian�a nos presidentes acompanha de perto a evolu��o do desemprego. Um buraco na economia, se confirmado, poderia prejudicar gravemente Obama nas urnas.
Durante sua visita a Minnesota, o presidente deve ressaltar uma das medidas da "lista de comiss�es" para melhorar a situa��o econ�mica que foi apresentada ao Congresso, onde seus advers�rios republicanos est�o em uma posi��o forte. Mas as lideran�as republicanas na C�mara dos Deputados parecem prontas a compromet�-la, criticando o presidente nesta manh�.
Enquanto Obama deve continuar o seu dia com nada menos que seis reuni�es para angariar fundos para sua campanha de reelei��o, o presidente da C�mara, John Boehner, pediu ao presidente que permanecesse em Washington para "gerenciar as grandes quest�es que afetam nossa economia", incluindo o desemprego e d�vida p�blica recorde.
"Estas taxas de desemprego s�o terr�veis. Os americanos merecem muito melhores", assegurou o chefe da maioria na C�mara, Eric Cantor. As recentes estat�sticas s�o especialmente ruins para Obama, que lan�ou recentemente uma ofensiva contra os n�meros de Romney na quest�o emprego, quando este foi governador de Massachusetts (nordeste). A equipe de campanha democrata procurou contradizer o argumento de Romney de que sua experi�ncia como empreendedor faria dele um bom presidente para o emprego dos americanos.