A Bovespa abre o preg�o desta segunda-feira cara a cara com um importante suporte que, se perdido, pode acentuar a trajet�ria de queda dos neg�cios locais, em busca de fundos j� abaixo dos 50 mil pontos. Mas a semana encurtada pelo feriado de Corpus Christi no Brasil e em v�rias partes do mundo, na quinta-feira, come�a com uma ligeira tentativa de melhora no exterior, o que ainda n�o inspira o mercado futuro da Bolsa. Por volta das 10h05, o Ibovespa exibia leve alta de 0,13%, aos 53.474,88 pontos, na m�xima.
Segundo an�lise t�cnica de Gilberto Coelho, o �ndice � vista mant�m a tend�ncia de baixa iniciada em maio, mas com press�o vendedora acentuada. Para ele, a perda dos 53 mil pontos pode abrir espa�o para buscar suportes pr�ximos em 50 mil e 47,5 mil pontos, j� nas m�nimas do ano passado. "Para algum sinal de melhora, seria importante superar os 54,6 mil pontos", pondera.
Mas n�o � bem no que acredita a equipe do BB Investimentos. "A perspectiva ainda n�o parece promissora, apesar de tr�s meses de baixas do Ibovespa e mesmo com os indicadores t�cnicos de mercado situando-se em patamares baixos", comenta, em relat�rio. Para os analistas, ainda pairam muitas incertezas globais sobre os neg�cios. "A desconfian�a na solv�ncia do sistema banc�rio da Espanha, a percep��o de iminente calote da d�vida da Gr�cia, bem como os indicadores econ�micos que t�m vindo cada vez mais aqu�m do desej�vel nos EUA, Europa e �sia", enumeram.
Nesta segunda-feira, por�m os mercados internacionais ensaiam uma ligeira recupera��o, amparados na queda marginal dos pedidos de aux�lio-desemprego feitos na Espanha em maio ante abril e na inje��o de at� � 6,65 bilh�es do governo portugu�s nos tr�s maiores bancos do pa�s.
As Bolsas de Madri e de Lisboa, ali�s, exibem ganhos acelerados, contrastando com a performance das demais pra�as europeias, mas tamb�m embalando os neg�cios em Mil�o. Os �ndices futuros das Bolsas de Nova York tamb�m operam em alta, � espera do �nico dado do dia, sobre as encomendas e os estoques na ind�stria dos EUA em abril. Nesta segunda-feira � feriado no Reino Unido, em raz�o da continuidade dos festejos do jubileu de diamante da Rainha Elizabeth II.
Cruzeiro do Sul
Aqui no Brasil, o Banco Central decretou interven��o no Cruzeiro do Sul S.A., conforme antecipou a Ag�ncia Estado no fim de semana. As cinco institui��es do conglomerado - o banco, a holding, a corretora, a DTVM e a Securitizadora - foram colocadas sob o Regime de Administra��o Especial Tempor�ria (Raet) pelo prazo de 180 dias, o que significa que os controladores - a fam�lia �ndio da Costa - ser�o afastados. A gest�o tempor�ria ser� feita pelo Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), que garantir� as opera��es do banco no valor de at� R$ 70 mil por cliente (CPF ou CNPJ).
Segundo o BC, a decis�o se deu ap�s descumprimento do Cruzeiro do Sul de normas do sistema financeiro e a verifica��o de insubsist�ncia de itens do ativo. Inspe��es feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de quase R$ 1,3 bilh�o, segundo relatos da m�dia.
Antes da abertura do preg�o, a Ag�ncia Bovespa informou que as a��es do Banco Cruzeiro do Sul n�o ser�o negociadas nesta segunda-feira. A Bolsa paulista aguarda esclarecimentos ap�s o BC de decretar Raet. "Ficam suspensos os neg�cios com as a��es de emiss�o desse banco, a partir do preg�o de 4 de junho de 2012", diz a nota.