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Estado de Minas INVESTIMENTOS

Dilma quer medidas urgentes para estimular crescimento

Dilma quer medidas urgentes para estimular a produ��o. Plano foi refor�ado em encontro com o rei da Espanha


postado em 05/06/2012 07:43 / atualizado em 05/06/2012 07:55

A presidente Dilma Rousseff ordenou ontem ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que apresente um pacote urgente com medidas efetivas para estimular os investimentos produtivos e evitar mais um resultado p�fio do Produto Interno Bruto (PIB), cuja expans�o deve ficar em 2,5% neste ano. Insatisfeita com as a��es at� agora anunciadas por Mantega — todas de curto prazo, com baixo impacto na atividade —, ela comandou duas reuni�es no Pal�cio do Planalto, uma pela manh�, outra � noite, com o intuito de refor�ar o descontentamento com o ritmo atual da economia. Dilma avisou que n�o quer ver o seu governo marcado pelo "voo da galinha", o qual sempre criticou quando o Executivo era comando pela oposi��o. No primeiro trimestre de 2012, o PIB saltou apenas 0,2% ante os tr�s �ltimos meses de 2011.

A previs�o dentro do Planalto � de que o pacote seja anunciado ainda nesta semana, tamanha � a ansiedade da presidente. A meta � conceder est�mulos aos setores produtivos considerados estrat�gicos para o crescimento econ�mico. O governo est� ciente de que muitas empresas botaram o p� no freio e suspenderam investimentos por temerem um longo per�odo de estagna��o do pa�s. Nos cen�rios tra�ados pelo empresariado, o Brasil dever� crescer menos de 3% neste ano e um pouco al�m disso nos dois �ltimos anos da atual gest�o, n�veis considerados insuficientes para sustentar um forte avan�o do consumo das fam�lias, j� muito endividadas. “A presidente mudou a agenda para negociar uma f�rmula que agrade a maioria. Seu discurso, o tempo todo, foi na dire��o de refor�ar as oportunidades do pa�s nas �reas de infraestrutura (transporte, energia e telecomunica��es) e resolver o gargalo que impede o escoamento da produ��o”, disse um t�cnico da Fazenda.

A presidente almoçou com Juan Carlos I e reforçou que o Brasil está se preparando para uma política pró-cíclica de aportes(foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS)
A presidente almo�ou com Juan Carlos I e refor�ou que o Brasil est� se preparando para uma pol�tica pr�-c�clica de aportes (foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS)

Assessores do Planalto garantiram ainda que, nas conversas de ontem, Dilma for�ou uma mudan�a de rumo na pol�tica econ�mica comandada por Mantega, que j� enfrenta um certo desgaste no gabinete presidencial, por n�o apresentar propostas que, efetivamente, mudem a estrutura da economia brasileira. Para a presidente, � preciso melhorar, urgentemente, a competitividade da ind�stria, que vem sofrendo com a invas�o predat�ria de produtos estrangeiros, principalmente depois do agravamento da crise financeira dos pa�ses avan�ados. Dilma quer iniciativas que permitam ao empresariado brasileiro competir em condi��es de igualdade com as mercadorias que v�m de fora, por meio de programas que aprimorem os mecanismos de concess�es p�blicas. O dia foi de entra e sai de ministros no pal�cio. Al�m de Mantega, foram convocados Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Miriam Belchior (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

RECEITA PARA O MUNDO
A certeza de Dilma de que a sa�da para a retomada do crescimento passa por est�mulos aos investimento e n�o ao consumo, como tem feito a Fazenda, foi refor�ada no encontro dela com o rei Juan Carlos I, da Espanha. A l�der brasileira disse que a amplia��o das f�bricas e da infraestrutura s�o essenciais para um melhor desempenho da atividade. Ela destacou que essa receita vale para o Brasil e para o mundo, que sofre com a crise na Europa e nos Estados Unidos, por ser compat�vel com o equil�brio macroecon�mico.

Segundo a presidente, o Brasil est� pronto para “colaborar da melhor forma” no cen�rio global. Mas ela ponderou que uma a��o coordenada e solid�ria deve envolver todos os grandes atores da economia mundial, em especial, os pr�prios pa�ses da Europa, e n�o apenas os emergentes. “Esta ser� a mensagem que o Brasil levar� � pr�xima c�pula do G-20 no M�xico”, disse. No pronunciamento que antecedeu o brinde em homenagem ao monarca, Dilma afirmou que, com o acirramento do processo recessivo internacional, o “Brasil est� se preparando para ter uma pol�tica pr�-c�clica de investimentos” e destacou o papel da Espanha, segundo maior investidor estrangeiro no pa�s.

Com dificuldade de locomo��o e usando uma bengala, o rei defendeu a capacidade da economia espanhola de superar a grave crise que enfrenta atualmente. “Nossas contas com o exterior e nossas contas p�blicas se equilibram com rapidez. H� um trabalho conjunto entre a Espanha e os s�cios europeus para fortalecer o euro”, afirmou.

Promessa de rei

As dificuldades enfrentadas pelos viajantes brasileiros na passagem pela imigra��o nos aeroportos da Espanha t�m se colocado cada vez mais na agenda entre os dois pa�ses. Como vem se repetindo nas visitas de autoridades espanholas, o rei Juan Carlos I afirmou ontem, em Bras�lia, que “medidas efetivas” seriam tomadas para que se chegasse a uma solu��o para o impasse. Em Madri, uma reuni�o de assessores dos dois pa�ses sobre o tema dever� ser conclu�da hoje e algumas mudan�as podem ser anunciadas. No almo�o oferecido ontem pela presidente Dilma Rousseff no Pal�cio do Itamaraty, o rei, discursando em portugu�s, disse que os brasileiros s�o “bem-vindos” a seu pa�s, mas reconheceu que “h� alguns problemas”.

Acordo entre empres�rios

S�lvio Ribas

Bras�lia – A ind�stria espanhola vai buscar nas suas rela��es comerciais com o Brasil e em outras partes da Am�rica Latina sa�das para superar as atuais dificuldades geradas pela crise econ�mica na Zona do Euro. Ontem, durante a primeira etapa da viagem oficial do rei Juan Carlos I pela regi�o, a comitiva de empres�rios que acompanha o chefe de Estado da Espanha foi recebida pela presidente Dilma Rousseff e assinou acordos de coopera��o com a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Em busca de neg�cios, o setor acredita que o interc�mbio tecnol�gico e a investida conjunta em terceiros mercados podem favorecer exporta��es de produtos manufaturados dos dois lados, consideradas essenciais para sair da estagna��o. “O momento da economia espanhola � complicado”, resumiu Juan Rosell, presidente da Confedera��o Espanhola de Organiza��es Empresariais (Ceoe).

Segundo ele, a Espanha n�o tem interesse em reduzir a participa��o na economia brasileira, mas pelo contr�rio, aproveitar melhor as oportunidades oferecidas por ela. Sua expectativa � que acertos entre grandes empresas de Brasil e Espanha se repitam nas de porte m�dio. Rosell informou que o empresariado de seu pa�s est� confiante nas reformas econ�micas anunciadas pelo governo do conservador Mariano Rajoy. “At� 2008 a economia espanhola apresentava o dobro das taxas de crescimento na Europa, mas a realidade piorou muito.”

A Espanha � o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil e seu setor produtivo tem v�rias afinidades com o nosso. Por isso este pode ser o melhor momento para unir for�as e buscar novos mercados, comentou Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, ap�s firmar acordo com o Conselho Superior de C�maras de Com�rcio e Ind�stria espanhol, para criar o comit� empresarial Brasil-Espanha. “Enquanto o Brasil poder� apoiar a Espanha nos mercados asi�ticos, por exemplo, os espanh�is poder�o nos ajudar na conquista do Oriente M�dio.”


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