O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta ter�a-feira, em audi�ncia p�blica na Comiss�o Mista de Planos, Or�amentos P�blicos e Fiscaliza��o na C�mara dos Deputados, que houve forte revis�o das perspectivas para o crescimento da economia internacional desde meados do ano passado. Segundo ele, o cen�rio internacional se caracteriza por baixo crescimento e ampla liquidez devido �s respostas que os pa�ses t�m dado para restabelecer um crescimento em bases mais fortes.
Tombini disse que, na Europa, depois de um per�odo de al�vio no fim do ano passado e in�cio deste ano, houve uma reca�da, de forma que o refinanciamento da d�vida soberana e a quest�o banc�ria voltaram ao centro das aten��es. J� os Estados Unidos, depois de um crescimento surpreendente no in�cio do ano, apresenta perspectiva de crescimento moderado nos pr�ximos meses. Em rela��o � China, ele acredita que apesar da desacelera��o, o pais tem condi��es de conduzir o processo de pouso suave de sua economia.
Esse cen�rio vem gerando uma revis�o das perspectivas de crescimento mundial desde agosto de 2011. Segundo ele, a expectativa de crescimento m�dio da economia internacional foi revista para 2,3% neste ano, ante proje��o anterior de pouco mais de 3%.
Em rela��o ao Brasil, o presidente do BC afirmou que h� diversos fatores que sustentam a demanda interna do Pa�s. Ele citou como exemplo o desemprego, que continua em n�veis historicamente baixos. A economia, segundo o presidente do BC, continua a gerar empregos, a renda permanece em ascens�o, a massa continua em expans�o e o cr�dito, apesar de moderado, continua a crescer.
Segundo Tombini, tudo isso indica que a economia vai se sustentar ao longo do ano. Para ele, as condi��es de demanda permanecem estimuladas e o crescimento deve acelerar. "O BC j� reconheceu que a economia vinha em ritmo mais lento, mas vai ganhar velocidade ao longo de 2012", afirmou, destacando que j� h� sinais de expans�o maior da economia no trimestre atual em rela��o ao anterior. "J� estamos sentindo maior ritmo da atividade no segundo trimestre quando comparado ao primeiro."
Infla��o - Ele afirmou ainda que o recuo da infla��o assegura a sustentabilidade do rendimento m�dio dos trabalhadores. Em sua avalia��o, a evolu��o dos pre�os ao consumidor vem recuando de forma consistente desde setembro de 2011, ap�s registrar um pico.
A expectativa do BC, segundo ele, � que o IPCA registre em maio uma varia��o menor que a de abril, quando chegou a 0,64%. "Imaginamos que, em 12 meses, a infla��o continuar� recuando", disse.
O presidente do BC disse ainda que a expectativa de infla��o do mercado tamb�m est� em processo de converg�ncia para o centro da meta. Ele lembrou que a NTN-B sinaliza para 2012 uma expectativa de infla��o ligeiramente abaixo de 4,5%. Para 2013, a expectativa � de 5,5%, mas tamb�m est� convergindo, afirmou Tombini.