Durante o an�ncio da redu��o dos juros para linhas de financiamento de capital de giro, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, cobrou hoje a redu��o do spread banc�rio para baratear os empr�stimos a empresas. O spread � a diferen�a entre o custo de capta��o dos recursos e os juros cobrados dos clientes nas opera��es de cr�dito.
De acordo com Coutinho, com a redu��o de at� 6% do juro de linhas de cr�dito do BNDES para empresas, a meta � que os juros cobrados pelos bancos aos empres�rios n�o ultrapasse 9% ao ano. “Quanto mais perto de 9%, melhor”. Atualmente, o spread varia entre 4,7% e 2,4 % e se reflete em juros que v�o de 11% a 12% aplicados pelos bancos privados nas opera��es aos clientes finais.
“Oferecemos taxas extremamente favor�veis e demos aos agentes financeiros a oportunidade de colaborar com o pa�s, com a ind�stria, em termos de procurar uma pol�tica de spread mais condizente com a redu��o de taxas”, disse o presidente do BNDES. “Gostar�amos que nosso esfor�o fosse integralmente repassado”.
O BNDES quer que a redu��o das taxas de juros beneficie a ind�stria, cujo desempenho m�dio dos �ltimos meses est� baixo, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Para essas empresas, � mais dif�cil oferecer ajuda, segundo Coutinho, uma vez que ofertas mais vantajosas est�o dispon�veis para as grandes. “Esperamos que as linhas do BNDES deem uma contribui��o importante para aliviar a situa��o do cr�dito na ind�stria, permitir que o setor possa ampliar a produ��o em condi��es de cr�dito e de capital de giro mais condizentes com a situa��o atual do pa�s e ainda reciclar a d�vida da pr�pria ind�stria, � medida que � um programa de tr�s anos”, completou Coutinho.
O presidente do BNDES ressaltou que n�o quer “engessar” os agentes financeiros ou atrapalhar a livre competi��o. “S�o os bancos que assumem os riscos e � l�cito que os avalie. O BNDES n�o tem capilaridade”, lembrou, sobre o fato de a institui��o n�o fazer empr�stimos diretos. “� o banco que conhece o hist�rico dos clientes”.
Segundo dados do BNDES, o Banco do Brasil � o principal operador dos empr�stimos para as linhas de capital de giro das empresas. Em seguida, aparecem Ita� Unibanco e Votorantim.