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Estado de Minas

Brasil importa at� feij�o-preto da China


postado em 10/06/2012 10:29

A tradicional feijoada brasileira tamb�m � meio chinesa. O avan�o do gigante asi�tico no mercado mundial vai al�m dos tablets, eletr�nicos e das bugigangas que invadiram camel�s e lojas. At� abril deste ano, 44% das 78,2 mil toneladas de feij�o-preto importado pelo Pa�s vieram da China, fatia quase equivalente � da Argentina (48%), velho fornecedor do gr�o.

A China nem aparecia nas compras externas brasileiras de feij�o-preto seis anos atr�s. J� em 2011, o feij�o chin�s era 33% das importa��es. E, s� em abril deste ano, a participa��o atingiu 72,9%, apontam os dados do Minist�rio do Desenvolvimento Ind�stria e Com�rcio Exterior, elaborados pela Federa��o da Agricultura do Estado de Paran� (Faep).

A China estreou para valer no mercado brasileiro de feij�o-preto em 2008, quando houve quebra na safra nacional e na produ��o argentina. De l� para c�, os volumes cresceram, impulsionados pelo c�mbio favor�vel �s importa��es e pre�os competitivos. "Com condi��es clim�ticas favor�veis � produ��o, a China identificou tamb�m uma boa oportunidade de mercado para se transformar em fornecedor de pa�ses como Brasil, M�xico e Estados Unidos", observa a economista da Faep, Tania Moreira.

Tanto � que, em 2008, a China se tornou o principal exportador mundial de feij�o com vendas externas de 960 mil toneladas, posi��o confirmada no ano seguinte com 1,046 milh�o de toneladas segundo os �ltimos dados dispon�veis da FAO, �rg�o das Na��es Unidas para agricultura e alimenta��o.

A import�ncia que o produto chin�s ganhou no mercado brasileiro j� apareceu nos n�meros dos grandes processadores do gr�o. Mais de 90% do feij�o-preto beneficiado hoje pela Broto Legal Alimentos v�m da China. Na Camil Alimentos, a totalidade de 1 mil toneladas mensais de feij�o-preto empacotado � importada. Metade vem da China e a outra metade, da Argentina.

"Nossa prefer�ncia sempre foi pelo feij�o-preto produzido aqui, onde tivemos �timas safras", afirma o diretor da Broto Legal Alimentos, Hugo Fujisawa. Ele conta que cinco anos atr�s a Argentina dominava as exporta��es para o Brasil. Aproveitando a quebra de safra nacional e a falta de competitividade do feij�o argentino, o gr�o chin�s come�ou a ser testado pelos empacotadores. O baixo custo, o d�lar favor�vel � importa��o e a qualidade aperfei�oada transformaram o gr�o chin�s em rival imbat�vel diante do feij�o-preto brasileiro e do argentino, explica.

O diretor de suprimentos da Camil, Jos� Rubens, tamb�m diz que a prefer�ncia da sua empresa � pelo feij�o nacional, observando a qualidade do produto e os pre�os compat�veis com o mercado. "No entanto, h� alguns anos a produ��o nacional tem ficado abaixo da demanda, o que nos obrigou a recorrer � importa��o."

Rubens destaca que os chineses, mestres na comercializa��o de produtos em geral, detectaram a oportunidade de abastecimento nos pa�ses consumidores de feij�o, e trataram de melhorar a qualidade. "Hoje o feij�o-preto chin�s � t�o bom quanto o produto argentino. A China conseguiu desenvolver variedades de feij�o-preto consumidas nos principais mundiais (Brasil, M�xico e Estados Unidos) com boa produtividade e baixo custo ", observa Fujisawa, da Broto Legal.

Mesmo sujeito ao Imposto de Importa��o de 10%, o pre�o no atacado da saca de 60 quilos de feij�o-preto vindo da China � cerca de 20% menor do que o produto brasileiro e perto de 15% abaixo do valor do gr�o argentino, diz Nilson Pietrobom, gerente do atacadista Pietrobom Cereais, que fica em Prudent�polis (PR), a capital brasileira do feij�o-preto.

Na semana passada, por exemplo, a saca do produto nacional no Paran� estava cotada a R$ 110, o argentino custava R$ 95 e o chin�s sa�a por R$ 90. Pietrobom diz que a m�o de obra barata na China faz diferen�a no pre�o. "L� n�o tem m�quina, tudo � escolhido � m�o." Al�m disso, o custo do frete � bem menor.

 

 

 


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