Ingresso para futebol sobe mais que a infla��o

O pre�o dos ingressos para jogos tem crescido acima da infla��o oficial do Pa�s. Em maio deste ano, por exemplo, enquanto o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0 36%, a infla��o do ingresso foi de 1,64%. No acumulado em 12 meses, o ingresso teve alta de 7,25%, e o IPCA aumentou 4,99%.

O aumento do pre�o dos ingressos para jogos acima da infla��o oficial n�o � fen�meno recente. Desde 2007 - ano em que o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014 - at� o m�s passado, os ingressos de jogos j� encareceram 127%.

"A melhora da condi��o econ�mica da classe m�dia e do desejo em gastar com o entretenimento faz com que um jogo de futebol, por exemplo, esteja junto de outras atividades", diz Amir Somoggi, diretor da �rea de consultoria esportiva da BDO Brazil.

Corinthians e Santos, por exemplo, comercializam ingressos de at� R$ 300 para os jogos da semifinal da Libertadores. H� pacotes que chegam a R$ 800. "Os clubes tamb�m aproveitam esse tipo de momento para subir os pre�os", afirma Clarisse Setyon, coordenadora do curso de P�s-Gradua��o em Gest�o e Marketing do Esporte da ESPM.

A tend�ncia, segundo especialistas, � que o pre�o dos ingressos continue a subir nos pr�ximos anos. Eles acreditam que a melhora da infraestrutura dos est�dios com a Copa do Mundo, em 2014, vai impulsionar o valor das entradas. "A tend�ncia � de alta. O que tamb�m deve acontecer � que os est�dios ter�o mais �reas para um p�blico corporativo", afirma Ricardo Hinrichsen, diretor de novos neg�cios da Brunoro Sport Business.

Em 2011, a maior receita de bilheteria do Pa�s foi do Corinthians, com R$ 27 milh�es. Hoje, segundo Clarisse, da ESPM, a participa��o da bilheteria na renda dos clubes n�o chega a 9% - no passado, era de 12%.

De acordo com especialistas, os ingressos ainda s�o mais baratos que na Europa, onde se concentra boa parte dos clubes mais ricos do mundo. Segundo o diretor da BDO Brazil, o mercado global de gest�o de arena movimenta cerca de US$ 50 bilh�es por ano, mas, no Brasil, esse valor n�o chega a R$ 500 milh�es.