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Estado de Minas

Gr�cia diante do desafio de reativar uma economia aniquilada


postado em 11/06/2012 14:30

O maior desafio do pr�ximo governo grego ser� reativar uma economia aniquilada, que a crise pol�tica deixou sem cr�dito e sob uma amea�a cada vez maior de um abandono do euro. "Como fazer funcionar uma economia sem saber qual ser� amanh� a moeda em circula��o?", pergunta Angelos Tsakanikas, diretor de investiga��o econ�mica do instituto Iove, que depende da c�mara patronal.

Um eventual retorno ao dracma, a moeda grega anterior ao euro, j� deixou de ser tabu, mas os dirigentes pol�ticos e econ�micos do pa�s rejeitam essa opini�o, assim como a maioria da opini�o p�blica. "A economia est� em ponto morto", afirma Tsakanikas, que aponta uma queda acumulada do PIB de 14% desde 2008 e a aus�ncia de perspectivas de crescimento econ�mico.

Em dois anos, o pa�s reduziu seu d�ficit p�blico em 6,5 pontos percentuais, para 9,1% em 2011, com um plano de ajuste que pretende garantir a solv�ncia do Estado e reduzir o endividamento a 120% do PIB em 2020.

Para atingir seus objetivos, os sal�rios foram rebaixados em 25% em m�dia, com os impostos e taxas elevadas e os investimentos p�blicos congelados. "A situa��o financeira � verdadeiramente catastr�fica, com um risco de calote e sa�da do euro", afirmou um diretor de um grande banco grego.


Esse risco parecia ter sido dissipado em 2010, ap�s um novo acordo com a Uni�o Europeia (UE) e com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) pelo qual a Gr�cia intensificava a austeridade em troca de um novo empr�stimo de 130 bilh�es de euros.

Contudo, o risco reapareceu ante a possibilidade de que os eleitores gregos votem massivamente nas for�as pol�ticas que rejeitam o pacto or�ament�rio. Segundo o principal banco grego, o BNG, a sa�da do euro reduziria � metade a renda por habitante e aumentaria o desemprego, que passaria de 22% da popula��o ativa para 34%.

A medida que se aproximam as elei��es legislativas de 17 de junho, a Uni�o Europeia, a Alemanha e os Estados Unidos advertem contra qualquer tentativa de descumprir as medidas de austeridade, que a esquerda radical Syriza, a for�a pol�tica em ascens�o, promete "anular" se chegar ao governo. Para demonstrar sua seriedade com rela��o � austeridade, a UE limitou a soma de dinheiro que devia entregar � Gr�cia antes de 17 de junho a 4,2 bilh�es de euros, ante 6,8 bilh�es previstos.

"Caso sejam interrompidos seus aportes, ao final de junho a Gr�cia n�o ter� dinheiro para pagar seus saldos", disse Lucas Papademos, o primeiro-ministro que deixar� o cargo. "A falta de liquidez � geral. Afeta as fam�lias, as empresas e o Estado", diz Panayotis Petrakis, professor de economia na Universidade de Atenas.


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