O coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, manteve nesta segunda-feira a expectativa de que a infla��o medida pelo indicador da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) encerrar� o m�s de junho no n�vel de 0,10%. Em entrevista � Ag�ncia Estado, ele disse que o grupo Alimenta��o evitou uma taxa menor na primeira quadrissemana do m�s, mas ressaltou que a trajet�ria prevista para o �ndice geral � de desacelera��o cont�nua at� o final de junho.
Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,43% na primeira quadrissemana do m�s. O resultado foi 0,09 ponto porcentual inferior ao do fechamento de maio, de 0,52%. De acordo com a institui��o, sete dos oito grupo pesquisados tiveram varia��es menores, com destaque para o grupo Transportes que, puxado pela queda nos pre�os dos autom�veis, recuou 0,39% contra baixa anterior de 0,11%.
O grupo Alimenta��o, por sua vez, foi a exce��o entre as demais classes de despesas, passando de uma eleva��o de 0,61%, no final de maio, para um avan�o de 0,76% na primeira leitura de junho. "A desacelera��o no IPC-S poderia ser at� maior, n�o fosse um repique de pre�os visto em alguns itens in natura", comentou Picchetti, referindo-se especialmente �s altas do tomate (27 18%) e da cebola (17,92%).
O coordenador do IPC-S ressaltou, no entanto, que as correntes de acelera��o de pre�os dentro do indicador da FGV s�o menos representativas do que as que seguem no sentido contr�rio. Conforme os c�lculos de Picchetti, somente as quedas mais intensas nos pre�os dos autom�veis j� representaram juntas 0,05 ponto porcentual da desacelera��o geral da infla��o entre o final de maio e o come�o de junho, de 0,09 ponto porcentual.
De acordo com a FGV, a queda no pre�o m�dio do autom�vel novo passou de 0,90% para 2,08% no per�odo e liderou o ranking de press�es de baixas do IPC-S. O recuo no valor do autom�vel usado por sua vez, passou de 0,69% para 1,36% e ficou na vice-lideran�a. Picchetti chamou aten��o tamb�m para outro item que reflete a redu��o de impostos do governo para incentivar a ind�stria e a economia nacional: a m�quina de lavar roupas mostrou decl�nio de 1,21% contra alta anterior de 0,62%.
Para o coordenador, a manuten��o da previs�o continua amparada em fortes fatores que v�m integrando o cen�rio de junho: a sazonalidade favor�vel que marca tradicionalmente o m�s atual; os incentivos fiscais do governo com o consequente barateamento de pre�os de itens; e as incertezas da crise externa, que v�m influenciando o pre�o das commodities para baixo.
"A tend�ncia, sem d�vida, � de redu��o na taxa do IPC-S em junho", afirmou Picchetti. "O cen�rio tra�ado � consistente com uma trajet�ria de queda na infla��o", acrescentou.