A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje as teses contr�rias ao est�mulo de consumo no pa�s, estrat�gia que vem sendo adotada pelo governo, por meio de medidas de expans�o de cr�dito, como alternativa para evitar o agravamento dos efeitos da crise financeira internacional no Brasil.
Segundo afirmou a presidenta, esse crescimento nos gastos significa inclus�o social. Dilma tamb�m negou que haja n�vel elevado de endividamento das fam�lias.
A iniciativa, no entanto, tem recebido cr�tica de analistas. Eles apontam que o est�mulo ao consumo traz como efeito colateral o elevado �ndice de endividamento das fam�lias. Segundo Dilma, o Brasil n�o tem um n�vel elevado de endividamento das fam�lias quando comparado com os padr�es internacionais.
“N�o concordo com a hist�ria de que n�o � preciso estimular o consumo. Acho que o est�mulo ao consumo vai da caracter�stica intr�nseca do nosso modelo que � de desenvolvimento com inclus�o social”, afirmou a presidenta, ao discursar em cerim�nia em Belo Horizonte.
Para Dilma, “estranho seria se o modelo que tem de levar 16 milh�es de brasileiros a ter um padr�o m�nimo de consumo e de renda n�o quisesse a amplia��o do consumo”. E completou: “n�o temos um n�vel elevado de endividamento das fam�lias. � s� pegar os padr�es internacionais de endividamento e olh�-los”.
Dilma disse que o governo n�o est� fazendo uma pol�tica de gasto f�cil no Brasil, mas sim perseguindo o investimento. Ela defendeu os investimentos p�blicos para alavancar o crescimento. “Sabemos que o investimento privado � pr�-c�clico, � mais fact�vel de ser influenciado por uma conjuntura de inseguran�a; o estado � menos pr�-c�clico”.
Dilma insistiu tamb�m que “desamarrar o n�” da tr�ade c�mbio, juros e impostos � fundamental para alterar as condi��es de investimento no Brasil e viabilizar tamb�m o investimento do setor p�blico.
Sobre a capacidade de o pa�s enfrentar os efeitos da crise internacional, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil tem “for�a interna” para super�-la. “Estamos muito bem fincados nos nossos pr�prios p�s. Temos pol�tica econ�mica consistente. N�o temos uma vis�o que acha que o ajuste pode levar a que 54% da popula��o de jovens de um pa�s fique sem emprego”, disse.