Um embargo contra o petr�leo iraniano por seu controverso programa nuclear desestabilizaria o mercado global de petr�leo, afirmou nesta quarta-feira o ministro do Petr�leo iraniano, Rostam Qasemi, no 5º semin�rio da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep), em Viena, que conta com a participa��o de seus hom�logos do cartel.
"Infelizmente a ideia de impor san��es... est� sendo considerada pela Europa", disse Qasemi pouco antes do in�cio do encontro ministerial dos membros da Opep, que tratar�o o n�vel das quotas de produ��o.
"Este enfoque com motiva��es pol�ticas danificar� a estabilidade tanto do mercado petroleiro quanto da economia mundial", acrescentou.
"Impor san��es de maneira unilateral para alcan�ar um objetivo pol�tico est� colocando obst�culos na ind�stria petroleira", disse.
Isto "desestabilizar� o mercado de petr�leo e finalmente provocar� movimentos bruscos dos pre�os", advertiu.
As pot�ncias ocidentais impuseram san��es contra o Ir� por seu programa nuclear, j� que suspeitam que ele possui, em �ltima inst�ncia, uma finalidade militar. Em janeiro, a Uni�o Europeia (UE) decidiu instaurar um embargo ao petr�leo iraniano, do qual importava 20% da produ��o do segundo produtor do cartel e que entrar� em vigor no dia 1º de julho.
O Ir�, o segundo produtor mais importante da Opep, j� est� sob quatro rodadas de san��es impostas pelo Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas.
A oferta de petr�leo, comprometida pela queda dos investimentos e por menores exporta��es, caiu nos quatro primeiros meses de 2012 de 300.000 barris por dia, seu n�vel mais baixo em 20 anos, segundo as estimativas da Opep.
Rafael Ram�rez, ministro venezuelano de Petr�leo, defendeu pouco antes o Ir�, pa�s ao qual classificou como "amigo".
"As san��es n�o s�o boas para ningu�m, pois restringem o aceso aos recursos petroleiros e complicam a situa��o em um momento no qual h� uma situa��o econ�mica muito perigosa para a Uni�o Europeia", disse � imprensa.
J� o secret�rio-general da Opep, Abdal� el Badri, disse estar 100% oposto a qualquer embargo a algum membro do cartel, em especial contra "um Estado fundador da Opep e que � o segundo maior produtor da organiza��o depois da Ar�bia Saudita".
Diante do nervosismo de mercado ante os an�ncios feitos no encontro da Opep, os pre�os dos contratos futuros de petr�leo abriram em queda nesta quarta-feira em Nova York.
No in�cio da sess�o, o barril de "light sweet crude" (WIT) para entrega em julho recuava 81 centavos, a 82,51 d�lares no New York Mercantile Exchange (Nymex).