Embora o governo esperasse um refor�o de caixa de R$ 3,8 bilh�es com o leil�o de 4G, realizado nesta semana pela Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel), o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, avaliou que o valor arrecadado, de R$ 2,9 bilh�es, foi um resultado expressivo diante da crise financeira que afeta diversos pa�ses.
"Temos de lembrar que estamos no meio de uma crise mundial e uma empresa de capital espanhol, a Vivo, do Grupo Telefonica, pagou R$ 1,05 bilh�o por uma faixa nacional de 4G. Isso � um sinal de como a economia brasileira tem sido vista", disse Bernardo ap�s participar do programa de r�dio Bom Dia Ministro, na sede da Empresa Brasil de Comunica��o (EBC).
O ministro contou que j� conversou com o secret�rio do Tesouro, Arno Augustin, que teria ficado satisfeito com o resultado do leil�o. "Ainda n�o falei com o ministro Guido Mantega, mas a Fazenda n�o est� olhando s� a arrecada��o, mas tamb�m os sinais positivos emitidos pelo processo", disse.
Na avalia��o de Bernardo, o resultado do leil�o demonstra "o nosso bom ambiente regulat�rio, nossa seguran�a jur�dica e nosso mercado interno em expans�o". "Teremos at� cinco concorrentes no 4G nas principais cidades do Brasil. Em poucos pa�ses verificamos uma competi��o assim". Al�m de Claro, Vivo, TIM e Oi que compraram frequ�ncias nacionais, a Sky e a Sunrise adquiriram blocos de menor abrang�ncia.
O ministro admitiu ainda a possibilidade de que as "sobras" de 4G de lotes regionais que n�o tiveram propostas no leil�o desta semana possam ter seus pre�os m�nimos reduzidos para se tornarem atrativas a companhias de menor porte, em uma futura relicita��o. "Temos como negociar isso com o Tribunal de Contas de Uni�o, mas essa solu��o pode sair em seis ou oito meses".