Passado o vencimento de �ndice futuro, que garantiu descolamento (para cima) dos neg�cios locais em rela��o aos mercados internacionais, nesta quarta-feira, a Bovespa deve devolver nesta quinta-feira ao menos parte do "exagero" da v�spera. Dados dos EUA piores que o esperado contribuem para certa cautela dos investidores nesta manh�. Al�m disso, as incertezas em rela��o ao futuro da Gr�cia, dias antes das novas elei��es, somadas ao recrudescimento dos temores em rela��o � Espanha e � It�lia, embutem novamente volatilidade ao preg�o. Por volta das 10h20, o Ibovespa ca�a 0,20%, aos 55.541,42 pontos.
Segundo um operador da mesa de renda vari�vel de uma corretora paulista, a alta de 1,09% na quarta-feira, na contram�o do exterior, que garantiu o segundo dia consecutivo de ganhos em meio a um volume financeiro recorde, foi impulsionada especialmente por uma briga entre "comprados" e "vendidos" em �ndice futuro em torno dos 54 mil pontos. "Descolamos dos mercados internacionais em fun��o do vencimento de �ndice futuro", afirma, avaliando que, nesta quinta-feira, a Bolsa brasileira deve ser conduzida por "um pouco de realiza��o" e pelo exterior.
O analista gr�fico Gilberto Coelho j� v� que o Ibovespa est� confirmando a supera��o da m�dia m�vel de 21 dias (MM21), "o que indica poss�vel revers�o da tend�ncia de curto prazo para alta, faltando somente a invers�o de inclina��o desta linha de tend�ncia para cima". No entanto, acrescenta ele, em relat�rio, "precisa respeitar o suporte em 54.500 pontos, o que pode levar a teste de resist�ncias perto dos 56.700 pontos ou 59.000 pontos, onde est� a m�dia de 200 dias (MM 200). Se perder o suporte em 54.500, pode voltar ao fundo recente em 52.480".
Em Nova York, por volta de 10h05, o �ndice futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,17%, digerindo os indicadores econ�micos norte-americanos divulgados na manh� desta quinta-feira. O n�mero de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedidos de aux�lio-desemprego nos EUA na semana passada subiu em 6 mil solicita��es, ante expectativa de queda de 2 mil.
O saldo em conta corrente do pa�s no primeiro no primeiro trimestre, por sua vez, foi deficit�rio em US$ 137 bilh�es, pior que a estimativa de d�ficit de US$ 134,00 bilh�es. J� o �ndice de Pre�os ao Consumidor (CPI, na sigla em ingl�s) de maio caiu 0,3%, em linha com a previs�o dos analistas.
Na Europa, por sua vez, as principais bolsas operam no terreno negativo desde cedo: as 10h07, a Bolsa de Frankfurt perdia 0,54% e a Bolsa de Paris ca�a 0,36%. Ji a de Madri tinha alta de 0,52%.
Mais cedo, a taxa de retorno ao investidor dos b�nus de 10 anos da Espanha atingiu o recorde desde a cria��o do euro, a 6,85%, ap�s o rebaixamento do rating do pa�s por duas ag�ncias de classifica��o de risco quarta-feira. A It�lia tamb�m remunerou o investidor a uma taxa bem acima da oferecido anteriormente. A eleva��o dos custos de financiamento confirma a apreens�o dos investidores, que aguardam tamb�m o resultado das elei��es deste domingo na Gr�cia, que devem definir ou n�o a perman�ncia do pa�s mediterr�neo na zona do euro.
Internamente, informa��es sobre o novo plano de neg�cios da Petrobras para o per�odo de 2012 a 2016 devem repercutir na Bovespa nesta quinta-feira. Apesar de o governo, s�cio majorit�rio da companhia, ter se empenhado pela aprova��o na reuni�o do Conselho de Administra��o da estatal nesta quarta-feira em Bras�lia, um corte substancial nos investimentos, especialmente na �rea de Abastecimento e Refino, dividiu os conselheiros. � poss�vel que a defini��o seja adiada para julho.