O grupo do magnata mexicano Carlos Slim det�m agora 8,4% das a��es da petroleira argentina YPF, segundo documentos publicados pelo regulador do mercado de a��es americano (SEC) e um comunicado da empresa.
O Domitgrupo Financiero Inbrusa de Carlos Slim e outras de suas companhias contam com 32.908.506 a��es comuns classe D da petroleira argentina expropriada do grupo espanhol Repsol, de acordo com a SEC.
Segundo o porta-voz do grupo, Renato Flores, n�o se trata de uma compra e sim de uma execu��o de garantia por empr�stimo � petroleira argentina.
"H� mais de quatro anos, o Inbursa concedeu um cr�dito � YPF e recebeu a��es da empresa como garantia (...). Agora efetivamos tais garantias", precisou Flores.
J� a YPF anunciou que "o empres�rio mexicano mais importante do mundo, Carlos Slim, adquiriu 8,4% das a��es do grupo, iniciando um investimento de longo prazo em uma das empresas mais relevantes do setor de hidrocarbonetos na Am�rica Latina".
"Em uma conversa ocorrida nesta tarde com o presidente e diretor-executivo da YPF, Miguel Galuccio, membros do grupo comprador manifestaram a ele que 'veem a YPF como uma companhia s�lida e com um bom potencial de crescimento", completa o comunicado argentino.
As a��es pertenciam a um sindicato de bancos que emprestou dinheiro ao grupo argentino Petersen para adquirir uma participa��o na YPF anos atr�s. Ap�s a estatiza��o da companhia, Petersen n�o honrou o cr�dito e os pap�is passaram �s m�os dos credores.
Mas Galuccio v� "a incorpora��o do empres�rio mexicano ao pacote acion�rio da empresa como um claro sinal para o mercado financeiro internacional".
Galuccio destacou o aporte de Carlos Slim "porque este � um conhecedor e protagonista do mercado petroleiro internacional". "Tamb�m � uma grande demonstra��o de confian�a na Argentina e no novo projeto da companhia".
Nesta ter�a-feira, a ag�ncia de classifica��o de risco Moody's reduziu a nota da d�vida em moeda local da YPF, devido ao "risco de liquidez diante de uma acelera��o da d�vida de curto prazo" da companhia, e "o desafio recorrente para cumprir suas obriga��es de pagamento da d�vida de curto prazo".
A presidente argentina, Cristina Kirchner, decidiu em abril passado expropriar da Repsol 51% da YPF, alegando falta de investimentos, o que desatou uma grave crise diplom�tica com a Espanha.
Em 3 de maio, o Congresso da Argentina sancionou a lei que transferiu ao Estado o controle da YPF (51% das a��es), e diminuiu o capital da Repsol de 57,43% para 6,43%, enquanto o Grupo Petersen conservava seus 25,46% e o mercado de a��es, seus 17,09%.