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Estado de Minas

Calote do consumidor tem alta generalizada

Taxa de inadimpl�ncia aumenta 6,2% em maio e acumula avan�o de 20% no ano. Cart�o de cr�dito � o vil�o, mas d�vidas em atraso crescem em todos os tipos de financiamento


postado em 16/06/2012 06:00 / atualizado em 16/06/2012 07:06

Pelo terceiro m�s consecutivo a inadimpl�ncia dos consumidores cresceu no pa�s. Em maio o indicador da Serasa Experian fechou em alta de 6,2%. O calote cresceu em todos os tipos de d�vida analisados pela institui��o, com destaque para os cart�es de cr�dito, financeiras, lojas e prestadores de servi�os como telefonia. O resultado � uma m� not�cia para a economia, que deve ter o crescimento contido este ano, entre 2% e 3%. Especialistas acreditam que o calote s� perder� for�a no �ltimo trimestre do ano.

O avan�o em rela��o a maio do ano passado foi de 21,4%. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2012 o indicador registrou alta de 20% ante igual per�odo do ano passado. Para o economista da Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida, o endividamento cresceu, mas a redu��o do ritmo da procura por cr�dito e o baixo desempenho da economia devem conter a disparada do calote. “O resultado de maio n�o � uma boa not�cia, mas � poss�vel que a inadimpl�ncia caia no �ltimo trimestre do ano. O brasileiro est� mais cauteloso e come�a a dar prioridade para pagar as d�vidas.”

A auxiliar administrativa Daniele Lima fugiu do crédito e só compra à vista (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
A auxiliar administrativa Daniele Lima fugiu do cr�dito e s� compra � vista (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Depois de enfrentar uma roda- viva de juros no cart�o de cr�dito, a instrumentadora Aparecida Lizada tomou uma decis�o radical. Pagou a fatura, se livrou dos juros e cancelou o cr�dito. “Agora eu s� compro � vista, com dinheiro”, declarou. A auxiliar administrativa Daniele Costa Lima est� trilhando o mesmo caminho dos brasileiros que decidiram acabar com as presta��es. Ela conta que usava o cart�o de cr�dito de uma loja do varejo para comprar de roupas a eletrodom�sticos, mas decidiu modificar seu padr�o de consumo depois de experimentar as taxas de juros do dinheiro de pl�stico. “Quando encerrei o cart�o paguei cerca de R$ 400 de juros. Agora s� compro � vista e n�o tenho mais d�vidas.”

O professor de economia do Ibmec M�rcio Salvato diz que o crescimento do indicador est� segurando a queda das taxas de juros ao consumidor, em produtos como o cart�o de cr�dito e o cheque especial. Na opini�o do especialista, a persist�ncia do calote acende a luz amarela para a queda dos juros. “A redu��o das taxas � muito boa desde que a inadimpl�ncia caia � mesma medida.” Segundo ele, o processo iniciado pelos bancos p�blicos de corte dos juros n�o ocorre em um ambiente econ�mico favor�vel. “O risco � que a alta do �ndice comprometa o sistema financeiro, levando as institui��es a pedir socorro ao Banco Central.”

D�vidas Entre janeiro e maio o valor das d�vidas banc�rias cresceu 17,5% em rela��o ao ano passado, j� o valor da d�vida com os bancos se manteve praticamente est�vel, variando 0,1%. Carlos Thadeu Gomes, chefe do Departamento de Estudos Econ�micos da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC), diz que ao passo que o calote aumenta as fam�lias est�o deixando de se endividar. “As taxas de juros ainda est�o bastante altas e em tempos de crise internacional existe o medo do consumidor de perder o emprego.” Segundo o economista, houve uma press�o das contas do in�cio do ano, com a infla��o dos servi�os e alimentos, mas a expectativa da CNC � que o calote recue no final do ano. Carlos Henrique de Almeida tamb�m prefere n�o subir o tom: “O consumidor est� dando prioridade para quitar os compromissos. A demanda por cr�dito s� veio a crescer em maio”, comentou.

O segurança Cleber Luciano é cauteloso ao assumir prestações(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
O seguran�a Cleber Luciano � cauteloso ao assumir presta��es (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
O seguran�a Cleber Luciano do Nascimento n�o acompanha os n�meros oficiais do calote, mas conhece a for�a dos juros sobre a presta��o. “S�o abusivos.” Ele engrossa a lista dos brasileiros que j� passaram apuros para quitar a presta��o. Depois de acertar as contas do cart�o de cr�dito e cancelar o servi�o, ele garante que compras agora, s� com muita modera��o. “S� pago a fatura em dia.”


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